Enquanto milhares de pessoas visitam os cemitérios da cidade nesta quarta-feira (2), Dia de Finados, um grupo participa de forma discreta, distribuindo publicações bíblicas, com o objetivo de levar consolo aos enlutados.
Membros da religião Testemunhas de Jeová fizeram um trabalho voluntário de divulgação nos cemitérios da Paz, Santo Antônio, Santa Rita e no Memorial Park, distribuindo de forma gratuita revistas, livros e folhetos com temas bíblicos sobre a promessa da ressurreição. A expectativa, segundo Daniel Mendes, um dos organizadores do trabalho, era distribuir mais de 800 publicações, como ocorreu em 2021. Cerca de 200 membros da religião participam.
Alessandro de Jesus, porta-voz das Testemunhas de Jeová na cidade, explica o objetivo. “Poucas coisas causam tanta dor quanto a morte de alguém querido. Quando alguém está passando por isso, é comum ficar se perguntando: ‘Até quando eu vou me sentir assim? Será que algum dia vou ser feliz de novo? O que posso fazer para me sentir melhor?’ Cada pessoa tem sua própria maneira de lidar com a dor e não existe um jeito certo ou errado; tudo depende da criação, da personalidade, do que ela passou na vida e do tipo de perda que ela sofreu. A Bíblia mostra que não há nada de errado em ter sentimentos fortes e persistentes, mas ela também fala de algumas atitudes que podem ajudar: Ter paciência, viver um dia de cada vez, respeitar o seu ritmo e lembrar que a tristeza não vai durar para sempre”, explica.
Alessandro destaca ainda que todos que pegam as publicações são incentivados a assistir a um vídeo que mostra a promessa da Bíblia para aqueles que já morreram. “Em nosso site jw.org há um vídeo chamado “Como lidar com a dor da morte”. Esse vídeo mostra outras sugestões da Bíblia que ajudam a passar por esse momento tão difícil. Esperamos que esse trabalho que estamos realizando possa consolar e ajudar todos aqueles que estejam passando por essa situação”, afirma.
As publicações ficam expostas em carrinhos, displays e estandes das 6h às 17h. Até mesmo publicações em Língua Brasileira de Sinais (Libras) estavam disponíveis para pessoas surdas.
