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Com índice de vacinação baixíssimo, SMS de Valadares prorroga campanha contra poliomielite

A campanha se encerraria nesta sexta-feira (9), mas se estenderá até o dia 30 de setembro

A poliomielite – também chamada de pólio ou paralisia infantil – é uma doença grave e contagiosa causada pelo poliovírus, que pode vitimar crianças e também adultos. A doença é capaz de paralisar os membros inferiores do ser humano e pode, inclusive, levar a pessoa acometida à morte.

Por isso, todos os anos o Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, com o propósito de vacinar crianças de 1 a 4 anos. Em 2022, as ações de prevenção e combate à pólio iniciaram no dia 8 de agosto, com previsão de encerramento para esta sexta-feira, 9 de setembro. Mas os atuais registros do público imunizado contra a doença tem causado muita angústia à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e, por fim, à Secretaria de Saúde de Governador Valadares.

Então por essa razão, a campanha se estenderá até o dia 30 de setembro.

Números preocupantes

De acordo com a SES-MG, menos de 30% de 1 milhão de crianças que deveriam ser vacinadas no Estado receberam a imunização. E esse número se reflete em Valadares na mesma proporção. Atualmente, apenas 4.054 crianças se imunizaram no município – número que corresponde a somente 28% do público-alvo da campanha. Segundo a SMS, para a erradicação do vírus entre as crianças a cobertura vacinal precisa ser de, pelo menos, 95%.

“Teve épocas passadas em que a gente vacinava, em um sábado, no Dia D da campanha, dez mil crianças. Em um sábado! Nós estamos desde o dia 8 e foram quatro mil, lamenta a coordenadora do Setor de Imunização de Valadares, Márcia Cordeiro.

A maior preocupação da Saúde ante este cenário crítico é o fato de que a doença pode voltar a circular no município. O que é visto pelo Setor de Imunização de Valadares como um retrocesso. “O Brasil, com essa baixa cobertura vacinal, está sendo colocado como um país de alto risco da reintrodução do vírus da poliomielite. Porque o vírus existe ainda em outros países. E como as pessoas viajam muito, vem gente de lá, vai gente daqui… Existe sim a possibilidade de o vírus ser reintroduzido. E as pessoas precisam entender isso. Em 95% a gente consegue garantir o cerco da reintrodução da poliomielite“, pontuou Márcia Cordeiro.

Márcia Cordeiro (Coordenadora do Setor de Imunização)

Ações

Ainda de acordo com a coordenadora, com a prorrogação da campanha, o município avalia a possibilidade de levar este assunto para as creches, por meio de parcerias. Mas ela destaca que os principais atuantes no trabalho de imunização dos pequenos continuam sendo os pais. No entanto apesar das tentativas de parceria com centros educacionais, o setor afirma não obter êxito em todas, por resistência, muitas vezes, dos próprios pais.

“Os pais precisam ter responsabilidade quanto a isso. O problema é que os pais atuais não conhecem a poliomielite, mas é uma doença muito séria, muito grave, que traz sequelas e pode levar a óbito também. É um apelo que a gente faz aos pais para levarem seus filhos nos postos de saúde. A vacina da pólio é uma vacina simples, fácil de administrar, são apenas duas gotinhas que salvam vidas”, complementou.

Portanto para vacinar a criança, basta levá-la a uma unidade de saúde do bairro ou do centro da cidade.

Pais conscientes

Na manhã desta quinta-feira (8), a Vanice Freire tirou um tempinho e levou a filha Larissa, de apenas 3 anos, para ”tomar gotinha” e se imunizar contra a poliomielite. “É muito importante. Acabei de saber de um caso, então, a gente tem que trazer as crianças na unidade para evitar e cuidar dos nossos filhos”, comentou Vanice.

Vanice Freire levou a filha Larissa, de 3 anos, para se vacinar contra a pólio nesta manhã (8). | DRD/TV Leste

O corajoso João Augusto também foi se vacinar na companhia do papai Fábio Barbosa. “Evitar um transtorno futuro”, destacou o pai. Depois de receber a imunização, o pequeno veio até dar um “oi” para a equipe. Confira:

VÍDEO: DRD/TV Leste

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