Com avanço da sífilis, SES-MG reforça medidas de prevenção e tratamento

De acordo com a SES-MG, uso do preservativo é a principal forma de evitar ISTs

A sífilis é uma infecção bacteriana sexualmente transmissível (IST) que pode evoluir lentamente para quatro estágios: sífilis primária, sífilis secundária, sífilis latente e sífilis terciária. É uma doença perigosa, que, se não contida a tempo, resulta em danos para o cérebro, nervos, olhos e coração. Até o mês de outubro de 2021, foram identificados 450 novos casos somente em Valadares, conforme dados do Departamento Municipal de Epidemiologia.

Já no Estado, foram registrados 22.728 casos de sífilis no último ano. Em 2020, eram 19.510. Diante do avanço da doença em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) reforçou um alerta à população sobre a importância da adoção de medidas de prevenção e também tratamento da sífilis. De acordo com os profissionais da Saúde, o uso de preservativos durante relações sexuais é a principal forma de prevenção, sobretudo o diagnóstico e o tratamento precoces continuam sendo importantes para o controle da doença.

Ações de combate à sífilis

No intuito de estabelecer um controle sobre a doença em Minas, o Governo Estadual repassou para 853 municípios mineiros, em 2021, mais de R$ 47 milhões. A verba foi direcionada ao cumprimento de ações previstas no Plano de Enfrentamento à Sífilis no estado de Minas Gerais. Segundo o governo, o plano inclui o reforço das medidas de prevenção, vigilância, além da busca ativa de casos.

Dentre as ações está a distribuição de itens preventivos, como preservativo masculino, feminino, o teste rápido e os medicamentos para tratamento da doença, que são garantidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Formas de transmissão

A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou até mesmo da mãe para o bebê durante a gestação ou parto.

“Por ser uma IST [Infecção Sexualmente Transmissível], é fundamental o uso do preservativo, seja ele masculino ou feminino, em todas as relações sexuais. No caso de qualquer sintoma ou contato sexual sem proteção, é fundamental buscar atendimento em uma unidade básica de saúde para diagnóstico e tratamento adequado. Além disso, é importante a pessoa realizar exames de rotina pelo menos uma vez ao ano para avaliação da sua saúde”, orienta Romerson Martins Franco, que é médico ginecologista do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais (CIEVS-MG).

Sintomas

O primeiro sintoma é o surgimento de uma ferida (sem dor) na parte genital, no reto ou na boca. O ferimento tende a desaparecer depois de alguns dias, mas, na sequência, irritações começam a se manifestar na pele. 

Ao surgimento do primeiro sintoma, já recomenda-se a busca por uma avaliação médica, pois, após o desaparecimento da segunda fase (irritação na pele), a doença se “cala” e segue evoluindo vagarosamente de forma assintomática. A infecção volta a manifestar-se anos depois, já em estágio agravado.

Vale lembrar que, apesar do alto risco à vida, a sífilis tem cura.

Abaixo, Romerson Martins Franco, médico ginecologista do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais (CIEVS-MG), dá mais informações sobre as ações de combate à sífilis e o atendimento oferecido à população mineira:

VÍDEOS: Governo de Minas

Contém informações da Agência Minas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM