Aluno do Craedi lança livro em Valadares

O livro “A Vergonha de Samuel” retrata, com muitas cores, o preconceito que as crianças especiais sofrem no dia a dia

A leitura é o cerne da existência humana. Além de trazer conhecimento, leva o leitor a viagens a incontáveis universos paralelos. Quando uma criança apresenta um talento, é preciso incentivo e dedicação, para que esse dom se desenvolva. Ângelo Eduardo Fagundes dos Santos, de 8 anos, encontrou no Centro de Referência e Apoio à Educação Inclusiva Médica Zilda Arns (Craedi) o apoio parar mostrar o dom de escrever e desenhar. Na terça-feira, 29, às 8h30, no Craedi, será o lançamento de “A vergonha de Samuel”. O livro de 10 páginas foi escrito e ilustrado por Ângelo, que, após perder o pai, de infarto fulminante, em abril deste ano, buscou nos desenhos e nas palavras uma forma de amenizar a dor.

A mãe de Ângelo, Ana Lúcia, conta que ele é um menino curioso e esperto. A ideia de escrever o livro pegou todos de surpresa. “Tudo começou com uma produção de texto. Aí ele falou com a professora do Craedi que não queria fazer texto, mas sim um livro, e que esse livro era muito importante pra ele. Quando ele teve essa ideia, o pai dele, Eduardo Tiago dos Santos, estava vivo. Quando o pai morreu, ele continuou escrevendo o livro e falava que era em homenagem ao pai. Essa iniciativa do Ângelo foi uma surpresa para família e foi algo que surpreendeu a todos funcionários do Craedi também, porque só ele e a professora sabiam do livro.”

O pequeno escritor nasceu de sete meses e quase morreu. Ainda pequeno, foi diagnosticado com problemas no coração, hiperatividade, déficit de atenção e transtorno bipolar. Em 2018 ele começou a estudar no Craedi. A partir daí, os talentos dele começaram a aparecer. O livro “A vergonha de Samuel”, com muitas cores, retrata o preconceito que as crianças especiais sofrem no dia a dia. “Ele é muito detalhista. Se as cores não combinam ele apaga e começa tudo de novo. Confesso que, quando ele chegou e me mostrou o livro, chorei, porque ele me disse: ‘mãe essa é uma homenagem para o meu querido pai’”, contou Ana Lúcia.

por Angélica Lauriano

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