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Taxa Selic pode ser reduzida em reunião do Copom esta semana

FOTO: Freepik

A situação econômica brasileira será discutida durante a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Nesta terça (2) e quarta-feira (3), os membros do comitê vão debater os rumos da Taxa Selic e decidir se a taxa básica de juros aumenta, diminui ou se mantém estável.

No Brasil, a taxa é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controle da inflação. Referência para os demais juros da economia nacional, hoje está em 13,75% ao ano, número definido após a última reunião do Copom, concluída no dia 22 de março. Na ocasião, a taxa foi mantida sem ajustes.

Taxa Selic

Em entrevista ao DIÁRIO DO RIO DOCE, o administrador de empresa e assessor de investimentos Geizon Dias explica que a taxa Selic funciona como parâmetro para todas as demais taxas de juros do país, como aquelas incidentes sobre empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. “É a taxa de juros do Brasil. É o que comanda e define a maioria das outras práticas bancárias no país, tanto para financiamento e crédito para empréstimos. Então a Taxa Selic é como se fosse uma taxa mãe, a principal. A partir dela é que as instituições conseguem definir as taxas com que vão emprestar o dinheiro”, destaca.

Ainda de acordo com Dias, as instituições bancárias não são obrigadas a seguir o valor indicado pelo comitê, porém, na maioria das vezes, escolhem acompanhar a porcentagem padrão indicada pelo Copom. “Os bancos podem emprestar dinheiro para os clientes com uma porcentagem abaixo da sugerida pela Selic. Não é crime. Mas eles a usam como uma referência porque, por serem instituições privadas, podem colocar em exercício a porcentagem que eles quiserem. A questão é que eles não vão querer ‘perder’ dinheiro, ou seja, se eles pudessem, colocariam os valores até acima do indicado pela Selic”. 

Votação

O Comitê define o valor da Selic a partir de votação com maioria simples. Participam da reunião do Copom os membros da diretoria colegiada, o presidente, Roberto Campos Neto, e os chefes de determinados departamentos do Banco Central. Mas em caso de empate, cabe ao presidente a decisão final.

“Quando a gente tem uma taxa muito alta, ela inibe que as pessoas façam grandes projetos ou empréstimos muito altos. É como se o cliente fosse comprar um carro e precisasse pegar empréstimo em um banco, se ele cobra uma taxa muito alta, o cliente acaba repensando essa decisão pelo valor do juros que terá. Então quando temos os juros muito altos isso acaba desacelerando a economia do país. Porém para quem gosta de emprestar e investir dinheiro, a Taxa Selic estar alta é um ótimo momento para conseguir mais rentabilidade”, ressalta Geizon. 

De olho na inflação

A inflação é conhecida por ser o nome dado ao aumento dos preços de produtos e serviços. Esse acontecimento econômico afeta diretamente a vida das pessoas e a economia como um todo, podendo ter efeitos negativos, como a redução do poder de compra da moeda, a distorção de preços relativos e a redução do padrão de vida da população.

Atualmente, o IBGE produz dois dos mais importantes índices de preços: o IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo], considerado o oficial pelo governo federal, e o INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor]. 

Segundo Geizon Dias, para definir o valor da taxa Selic, o Copom analisa os impactos financeiros que podem inflacionar os produtos comercializados em território brasileiro. “Com a Selic alta temos mais chances de que a inflação diminua, porque a inflação é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor). Quando as pessoas no geral estão com dinheiro acabam gastando mais que o habitual, isso faz com que a procura pelo produto cresça e as empresas aumentem o preço. Então quando a Selic está alta inibe as pessoas a pegarem dinheiro emprestado e diminui o poder de compra delas, porque enquanto está todo mundo adquirindo coisas, é natural que o preço suba e a inflação cresça”, esclarece. 

No mais, o administrador se diz otimista para uma redução do valor sugerido para a taxa. “O cenário hoje de inflação no Brasil é mais controlado, já esteve muito alto. Como a taxa Selic vem se mantendo em um patamar de 13,75, eles conseguiram conter a inflação e o cenário ficou mais equilibrado. Isso deixa a gente com a expectativa que na próxima reunião do Copom tenha uma redução na Selic. Acredito que será bem pequena, mas já deve cair um pouco”, conclui.

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