Sarampo: Minas registra 21 casos de uma doença que já havia sido erradicada

A vacinação contra o sarampo, que se encerra em 31 de agosto, é feita independentemente da situação vacinal das pessoas, porque a campanha é indiscriminada

Conforme o Boletim Epidemiológico do Sarampo, desde o início do ano de 2020 foram confirmados 21 casos da doença em Minas Gerais, nos municípios de Belo Horizonte (8), Betim (1), Cataguases (2), Conselheiro Lafaiete (2), Iturama (1), Juiz de Fora (4), Miraí (1), São Sebastião do Paraíso (1) e Três Pontas (1).

O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. A doença começa inicialmente com febre, exantema (manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo), sintomas respiratórios e oculares.

No quadro clínico clássico, as manifestações incluem tosse, coriza, rinorréia (rinite aguda), conjuntivite (olhos avermelhados), fotofobia (aversão à luz) e manchas de koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral).

A evolução da doença pode originar complicações infecciosas com amigdalites (mais comum em adultos), otites (mais comum em crianças), sinusites, encefalites e pneumonia, que podem levar ao óbito. As complicações frequentemente acometem crianças desnutridas e menores de um ano de idade.

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções (ou aerossóis) presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo, a doença pode se manter em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes.

Ações da SES-MG

  • Emissão de alertas para os profissionais de saúde sobre a doença e locais com surtos ativos.
  • Construção e divulgação do “Plano de Contingência para Resposta às Emergências em Saúde Pública: Sarampo”.
  • Elaboração de Boletim Epidemiológico semanal.
  • Elaboração e divulgação do “Fluxograma de Atendimento aos Casos Suspeitos de Sarampo”.
  • Atendimento pelo CIEVS MG, em esquema de plantão, referente a notificações imediatas de sarampo pelas vigilâncias epidemiológicas locais.
  • Elaboração de documento com orientações sobre intensificação vacinal principalmente nas Regionais de Saúde que fazem divisa com São Paulo.
  • Elaboração de Memorando com orientações sobre a conduta vacinal em menores de 1 ano.
  • Videoconferências com as Unidades Regionais de Saúde em três ocasiões abordando os temas: sensibilização, alinhamento de ações e preparação de Campanha de Vacinação que ocorre em duas etapas desde outubro de 2019.
  • Vacinação seletiva na Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais (CAMG).
  • Participação ativa no CME com presença de outras áreas internas da SES-MG e parceiros externos.
  • Operacionalização de uma sala de vacinação no Aeroporto de Confins, realizando vacinação seletiva durante 15 dias.
  • Atualização do hotsite pela Assessoria de Comunicação Social (disponível em: www.saude.mg.gov.br/sarampo).
  • Intensificação de mídia e ações de mobilização social.
  • Atendimento a demandas de imprensa com divulgação de informações relacionadas à doença e vacinação por intermédio da Assessoria de Comunicação Social.
  • Interface direta com a Fundação Ezequiel Dias (FUNED-MG), iniciando a realização do exame PCR em tempo real (exames laboratoriais mais sensíveis, específicos e rápidos).
  • Instalação da Sala de Situação/Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES) Estadual, com o objetivo de gerar informação de qualidade e em tempo oportuno, bem como fornecer respostas rápidas de forma intersetorial.
  • Definição de serviços de saúde referência no Estado para “pediatria e adultos”.
  • Disponibilização de vitamina A em hospitais de referência macrorregional para dispensação durante assistência de casos potencialmente graves.

Vacinação

A vacinação contra o sarampo, que se encerra em 31 de agosto, é feita independentemente da situação vacinal das pessoas, porque a campanha é indiscriminada.

No Estado de Minas Gerais, a cobertura vacinal das vacinas tríplice viral e tetra viral no período de janeiro a maio de 2020, em crianças de 1 a 4 anos de idade, é de 20,05% para a primeira dose (D1) e de 15,52% para a segunda dose (D2). A faixa de idade com maior cobertura é a de um ano de idade, com 78% (D1) e 58,90% (D2).

(Fonte: http://sipni.datasus.gov.br. Acesso em 23/07/2020).

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