Doação de medula óssea pode ajudar a salvar vidas

FOTO: Freepik

GOVERNADOR VALADARES – A medula óssea, um tecido encontrado no interior dos ossos, desempenha um importante papel na produção de componentes sanguíneos essenciais, como as hemácias, os leucócitos e as plaquetas. A doação de medula óssea é fundamental para pacientes que lutam contra doenças como a leucemia e outras condições que exigem esse tipo de transplante.

Segundo o oncologista Dr. Nathanael Machado, a leucemia é um câncer que afeta o sistema hematopoiético, caracterizado como um “tumor líquido”. Diferentemente de outros tipos de câncer, a leucemia não forma uma massa sólida, mas interfere na produção medular de células funcionais, gerando células anormais. “O transplante de medula óssea funciona como uma consolidação do tratamento da leucemia. Em alguns tipos de leucemias entra no primeiro tratamento, e em outros casos, o transplante é usado quando aquele paciente teve retorno da doença pós-tratamento inicial”, afirma o oncologista.

Além da leucemia, outras condições médicas, como a aplasia medular e certos tipos de tumores, também podem requerer um transplante de medula óssea. Em alguns casos, como no neuroblastoma, o transplante é autólogo, ou seja, utiliza a medula do próprio paciente após uma série de procedimentos que incluem a coleta de células e quimioterapia.

Erilane Barbosa, responsável pelo setor de Captação e Cadastro do Hemocentro Regional de Governador Valadares, explica o processo de doação de medula óssea. A doação pode ocorrer por meio de punção no osso da bacia ou por aférese, um procedimento que separa a medula do restante dos componentes sanguíneos. Os requisitos para se tornar um doador incluem ter entre 18 e 35 anos, estar em boa saúde e não possuir doenças infecciosas ou hematológicas.

“Para realizar o cadastro, é necessário trazer um documento oficial com foto. O cadastro é realizado no site do Redome, que é o Registro Nacional dos Doadores de Medula Óssea, que está ligado ao Instituto Nacional do Inca”, explica Erilane. O processo é simples e rápido, exigindo a doação de uma pequena amostra de sangue para análise genética. “É um cadastro rápido, que demora em média, entre 15 a 30 minutos. Ele é bem mais rápido que o processo de doação de sangue”, complementa.

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