Psiquiatra apresenta campanha ‘Agosto Feliz’

FOTO: Freepik

Quando se fala em campanhas de conscientização sobre a saúde mental é quase inevitável se lembrar temas como doenças e transtornos psíquicos. Mas o foco da campanha ‘Agosto Feliz’ é outro. Desta vez, o propósito central da discussão é a cultivação de bons sentimentos como ferramenta para manter-se bem e fazer bem ao próximo, além de garantir a felicidade do momento presente.

De acordo com o idealizador da campanha, o psiquiatra valadarense Dr. Francis Silveira, esta é uma forma de tratar a saúde mental com menos obstáculos e negatividade. Desse modo, os elementos principais desta ação devem ser a escuta, o acolhimento e a transformação da qualidade de vida. “Estamos vivendo tempos difíceis e vi a possibilidade de fomentar a felicidade para trabalhar a saúde mental com menos estigmas. A ideia é preparar as pessoas para entender mais sobre a saúde mental e criar uma rede de apoio sustentável”, pontua.

Veja a entrevista

DRD – É possível definir, do ponto de vista psiquiátrico, o que é a felicidade?

DR. FRANCIS – “Não existe felicidade plena. A felicidade é um conceito complexo e multifacetado, e sua definição pode variar dependendo do contexto e das perspectivas teóricas adotadas. Na psiquiatria e na psicologia, a felicidade geralmente é considerada um estado emocional e subjetivo de bem-estar e contentamento. Uma das definições amplamente aceitas de felicidade pela psiquiatria é a do psicólogo Martin Seligman, um dos fundadores da psicologia positiva. Ele descreve a felicidade como a experiência de ter emoções positivas frequentes, de modo geral, e uma sensação de satisfação com a vida como um todo”.

DRD – Quais seriam, na avaliação médica, essas formas de fomentar a felicidade?

DR. FRANCIS – “Praticar a atenção plena e meditação, vincular gratidão, prática de exercício físico, cultivar relacionamentos significativos, se envolver em atividades que tragam satisfação como hobbies, evitar situações estressantes, ser empático com as pessoas, aprender a dizer não, ter autocuidado, amor próprio, acolher as pessoas em sofrimento mental, não julgar, ser voluntário em causas sociais e enfrentar os desafios empenhado [a] na busca de soluções”.

Vários eventos

Ao longo do mês, o profissional fará eventos virtuais, como palestras on-line e webinars, assim como rodas de conversa com profissionais da área e também com pessoas que já passaram por experiências de superação ou desejam aprender sobre o tema. Silveira explica a diferença de abordagem do Agosto Feliz com relação ao Setembro Amarelo. “Não descaracteriza o Setembro Amarelo. Tem outro objetivo específico. E, sim, auxilia ainda mais as pessoas a terem uma escuta assertiva, acolhimento e poder, acima de tudo, transformar a vida daqueles que estão em sofrimento. E para tanto devemos ter empatia. O Agosto Feliz prepara as pessoas para acolher, escutar e transformar”, conclui.

Para mais informações sobre a campanha, acompanhe o psiquiatra pelo instagram @drfrancispsiquiatra.

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