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Primeiro navio com ajuda humanitária chega à Faixa de Gaza

FOTO: Pixabay

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O primeiro navio de ajuda humanitária chegou nesta sexta-feira (15) na costa da Faixa de Gaza e começou a descarregar 200 toneladas de alimentos, aguardados por centenas de milhares de civis ameaçados pela fome depois de mais de cinco meses de guerra entre Israel e Hamas.

O navio é da ONG espanhola ‘Open Arms’, que atravessou por um corredor marítimo aberto pela União Europeia com apoio de outros países. A embarcação zarpou na terça-feira (11) do porto de Larnaca, no Chipre, rebocando uma embarcação de outra ONG, a World Central Kitchen (WCK), do chef espanhol José Andrés.

Pelo menos 300 mil refeições foram preparadas pela WCK. A presidente da organização, Erin Gore, anunciou que a ONG está preparando um segundo navio com centenas de toneladas de mantimentos.

A ONU estima que a fome ameace 2,2 milhões dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza. Cerca de 97% da água em Gaza é rotulada como “não apta para o consumo humano” e a produção agrícola está começando a entrar em colapso, indicou Maurizio Martina, diretor-geral adjunto da FAO, o órgão da ONU para agricultura. Segundo a Parc (Associação Palestina de Desenvolvimento Agrícola), as forças israelenses destruíram um quarto das propriedades agrícolas do norte da Faixa.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) tem alertado sobre a morte de crianças com fome porque alimentos e remédios não estão chegando a Gaza em devido à guerra entre Israel e o Hamas. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, visitou os hospitais Al-Awda e Kamal Adwan, no norte da Faixa de Gaza, e disse ter feito “descobertas sombrias” ao encontrar níveis graves de desnutrição, crianças morrendo de fome, escassez de combustível, alimentos e suprimentos médicos e unidades de saúde destruídas.

A ajuda por via terrestre chega principalmente do Egito, pelo posto de fronteira de Rafah, no extremo sul de Gaza. Israel anunciou recentemente que quer fazer uma incursão na região -o que foi criticado pelos EUA. Pelo menos 1,5 milhão de pessoas estão na região após o deslocamento forçado do norte.

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