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Presidente da Fiemg comenta sobre os primeiros impactos econômicos com a chegada do coronavírus

A pandemia do novo coronavírus tem causado interrupções na produção industrial no Brasil. Em razão disso, a Fiemg avalia os impactos na economia. O presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, falou nesta terça-feira (24) com veículos da comunicação de todo o estado, inclusive o DIÁRIO DO RIO DOCE.

Estudo elaborado pela entidade aponta que Minas Gerais pode fechar o ano de 2020 com perda de 2,02 milhões de empregos formais, considerando a paralisação quase total das atividades produtivas em um período 30 dias, devido à pandemia do novo coronavírus (COVID-19).

Já a projeção nacional mostra que 16,7 milhões de empregos formais tendem a ser perdidos em todo o país, considerando o mesmo período.

“O distanciamento social é uma medida eficaz para evitar a propagação do vírus, mas traz efeitos colaterais como a paralisação de diversas atividades econômicas, provocando, de forma súbita, choques de oferta e de demanda no Brasil e em Minas Gerais. Essa já é uma realidade, pois temos atividades econômicas sendo interrompidas. É preciso manter o funcionamento parcial de atividades que são fundamentais para a sociedade”, explicou Flávio Roscoe.

O estudo da Fiemg mostra os efeitos negativos no mercado de trabalho e no PIB de Minas Gerais e do Brasil. No cenário com duração de 30 dias de paralisação, a queda do PIB brasileiro pode alcançar 8,3%, e o mineiro poderá ser de 10,2%, em 2020.

Setores na economia mais impactados

Nessa mesma hipótese, o setor de serviços em Minas Gerais pode recuar até 36,4%. A indústria recuaria 17%, e a agropecuária, 5,4%. As maiores demissões aconteceriam no setor de serviços, com 1,02 milhão de demitidos, seguido pela indústria geral, com 369,6 mil.

Os setores industriais, como fabricação de máquinas e equipamentos elétricos, produção de ferro-gusa, siderurgia e tubos de aço, defensivos, desinfetantes, tintas e químicos, celulose, citando alguns exemplos, teriam uma queda da atividade superior a 20%.

Roscoe disse que projeções mais conservadoras revelam um impacto ainda mais preocupante. “Em um cenário mais extremo, com paralisação de 90 dias, a perda de postos de trabalho chegaria a 40 milhões no Brasil e 5 milhões em Minas Gerais”, alerta Roscoe.

Os impactos do estudo da Fiemg foram medidos por meio de análises que consideram três cenários com uma paralisação de 30, 60 ou 90 dias. Também avalia duas estratégias de distanciamento social: a mitigação e a supressão.

Na estratégia de mitigação, vigente no Brasil até o momento, impede-se o funcionamento daquelas atividades que requerem aglomerações. Já na supressão, forma extrema de estratégia de distanciamento social, todas as atividades são interrompidas, com exceção do funcionamento de hospitais e de alguns setores de primeira necessidade.

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