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Prêmios e homenagens no Simpósio de Cafeicultura da Região das Matas de Minas

por LÍLIAN MOURA, DE VIÇOSA

O Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Café+Forte, do Sistema FAEMG, foi presença marcante no 23º Simpósio de Cafeicultura da Região das Matas de Minas, em Manhuaçu. Na cerimônia de abertura do evento, os sete produtores atendidos pelo programa na região que foram campeões do Cupping ATeG em 2021 receberam seus troféus.

O gerente regional do Sistema FAEMG em Viçosa, Marcos Reis, enfatizou que fazer as entregas dos troféus aos premiados do Programa ATeG Café+Forte durante o maior evento da cafeicultura nas Matas de Minas dá visibilidade aos produtores e destaca a atuação do ATeG na região. A superintendente do INAES, Silvana Novais, também foi homenageada no evento com uma placa pelo trabalho para o desenvolvimento da cultura do café nas Matas de Minas.

Satisfação

O melhor na categoria arábica cereja descascado, Hugo Riva Pereira, de Simonésia, recebeu o prêmio ao lado do técnico de campo que o acompanha, Wanderlei Miranda. Emocionado, Hugo agradeceu o reconhecimento e disse que já está se preparando para o concurso deste ano.

O produtor Hugo Riva (de preto) e o técnico ATeG Wanderlei Miranda

O primeiro colocado na categoria canéfora, Marcio Caldeira Rodes, é de Manhuaçu e afirmou que vencer o Cupping foi uma grata surpresa para ele, que havia retomado há pouco tempo o trabalho com café, e pela primeira vez cultivou o café conilon. Segundo o produtor, os 87,71 pontos foram resultado da dedicação à produção, colheita e pós-colheita, e, principalmente, ao apoio da família, o amor pelo que faz e a expertise do técnico de campo Sebastião Marcos de Mendonça.

“Foi gratificante voltar à cafeicultura depois de 12 anos, com uma variedade diferente, e na primeira colheita vencer o concurso. A gente tem que tentar inovar e o ATeG me deu um grande suporte para fazer dar certo”.

Nathalia Rabelo, o produtor Márcio Caldeira e o técnico Sebastião Mendonça

Quatro dos cafeicultores premiados são atendidos pelo técnico Sebastião Mendonça, que celebrou a possibilidade de fazer a premiação no simpósio, um evento tão importante para os produtores das Matas de Minas. “Ver a alegria do produtor ao ter o trabalho realizado dentro da propriedade reconhecido pelo concurso e pelos outros produtores é muito gratificante! Os olhos deles sempre brilham. E nós conseguimos mostrar que o trabalho está sendo bem feito”.

O produtor Reinaldo Garcia (ao centro) com Nathália Rabelo e o técnico Sebastião Mendonça
Tobias Moreira e o pai (no centro) ao lado do técnico Sebastião Mendonça e o analista regional do Sistema FAEMG Raimundo Papa (à direita)

Resultados e oportunidades

O simpósio preparou um espaço especial para exposição e degustação de cafés e outros produtos e serviços oferecidos por produtores rurais da região. Nas barracas da feirinha havia diversos cafeicultores que fazem parte de grupos do ATeG Café+Forte.

“Grande parte dos participantes são atendidos por nós. Essa presença é importante para eles conseguirem ampliar suas redes de contato, conhecer novas tecnologias e oportunidades de negócio. Muitos estão começando a produção de cafés especiais, e essa divulgação e conhecimento de outros produtores os fortalece individualmente e como grupo”, destacou a analista técnica e coordenadora do programa, Nathália Rabelo.

A cafeicultora Tida

Maria Aparecida Santos, a Tida, é produtora do pós-ciclo do programa em Alto Jequitibá. Para ela, a feira foi mais uma possibilidade de mostrar os resultados que o ATeG proporcionou na sua propriedade e na sua vida. “Antes do ATeG eu estava pensando em desistir do café especial. Estava gastando mais do que ganhando, mas o ATeG mudou tudo! Hoje o café me permite realizar sonhos”. 

Lázaro Moreira, a esposa Camila e as filhas Isabele e Maria estavam apresentando ao público do Simpósio o Café do Sonho. Fruto da paixão pelo café despertada por cursos de SENAR, e que agora está sendo potencializado pela presença da família Moreira no ATeG.

A produtora Camila Moreira e as filhas Isabele e Maria

Também de Manhuaçu, os jovens irmãos Josiane, de 21 anos, e Fabiano, de 26, são os grandes mobilizadores da família, que passou a investir na qualidade do café em Manhuaçu e, desde o fim de 2021, fazem parte do ATeG Café+Forte. Fabiano acredita que o programa vai auxiliá-lo na busca por novos mercados – movimento que ele iniciou por conta própria e que já está dando bons resultados.

Os irmãos Fabiano e Josiane Diniz

Equipe ATeG

A reunião mensal de alinhamento realizada com os técnicos de campo aconteceu no Simpósio, com a presença de dois supervisores e 13 técnicos. Na oportunidade, além das questões pertinentes ao bom andamento do trabalho, a equipe assistiu a apresentações de representantes da Certificafé, startup da Novo Agro Ventures, da Cooperativa Minasul, e do Centro de Apoio à Agricultura Familiar (CEAFA).

O supervisor Daniel Prado explicou que a iniciativa serviu para levar aos técnicos informações e propostas que possam agregar ao produtor nos quesitos qualidade e oportunidades de comercialização e rentabilidade.

Das alternativas apresentadas, a certificação de propriedades já se tornou um encaminhamento. “Iniciamos nessa reunião o processo que dará início à certificação dos produtores. Vamos começar com foco principal nos produtores do pós-ciclo e faremos um levantamento de outros cafeicultores interessados. Acreditamos que a tecnologia da Certificafé vai nos auxiliar muito a mostrar ao produtor que a certificação pode ser simples e todos são capazes de conseguir, especialmente com a ajuda do ATeG”.

Equipe do Programa ATeG Café+Forte

A técnica de campo Kênia do Carmo avaliou positivamente o encontro e os empreendimentos apresentados, que podem ser de grande valia para os produtores da agricultura familiar, maioria na região. “A certificação só agrega! Mais do que o aumento no valor na venda, ganha-se na organização da propriedade. Quanto ao CEAFA, eu acredito que possa solucionar o gargalo que temos quanto à comercialização, alavancar a economia local e a qualidade de vida dos produtores porque quem não tem capital para se desenvolver, não consegue evoluir. Por isso, conhecer alternativas como essas é importante para nós e para os produtores”.

“Todo evento em que a gente pode melhorar a qualidade de vida do produtor é muito bem-vindo. A equipe está de parabéns, porque se empenha para fazer o que é melhor para o produtor. Esse encontro em que falamos de tecnologia para a certificação e oportunidades de comercialização engrandece o nosso grupo. Nós, técnicos, ficamos agradecidos”, disse o técnico Sebastião Marcos de Mendonça.

O supervisor Sebastião Brinate lembrou que o Simpósio já é reconhecido pelos produtores como uma oportunidade de buscar conhecimento e a presença da equipe do ATeG no local foi um momento de estreitamento de vínculos tanto com os produtores, quanto com o próprio evento. “Esse evento é referência na região e aqui conseguimos encontrar profissionais e produtores para trocar experiências e discutir sobre tecnologias que podem ajudar a desenvolver a cafeicultura, conhecer as novidades do setor para estar um passo à frente, e junto aos produtores do ATeG Café+Forte conseguir chegar ao mercado consumidor com qualidade”.

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