Pesquisadoras da Epamig MG dão dicas de plantio, adubação e irrigação de orquídeas

As orquídeas são consideradas frágeis e de difícil cultivo. Mas, diferentemente da opinião popular, as flores da família Orchidaceae são capazes de sobreviver por vários anos quando são tomados alguns cuidados no plantio e durante a adubação e a irrigação.

De acordo com a pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), Flávia Pereira, mudas de orquídea de qualidade são adquiridas em centrais de abastecimento, floriculturas, exposições, orquidários comerciais, viveiros, supermercados e até mesmo em lojas virtuais.

Com relação aos preços, a pesquisadora destaca que é possível encontrar orquídeas no mercado a partir de R$6,00. Já um exemplar de espécie rara, contudo, chega a custar R$1.500,00. Confira, a seguir, dicas de plantio e adubação de orquídeas preparadas pela EPAMIG.

Plantio

A maioria das orquídeas pode ser plantada em vasos drenados com o auxílio de pedras, argila expandida, cacos de telhas ou produtos similares. O vaso pode ser feito de barro, plástico ou de materiais alternativos como cachepôs de madeira, bambu ou fibra de coco.

A pesquisadora da EPAMIG, Simone Reis, explica que os vasos para plantio de orquídeas são geralmente mais baixos que os utilizados para outras plantas ornamentais. “O ideal é utilizar vasos que tenham o dobro do sistema radicular das orquídeas, o que equivale a um recipiente de mais ou menos 14 centímetros de diâmetro”, afirma.

Após a escolha, o vaso deve ser preenchido até a metade com uma camada de substrato comercial. Os mais utilizados são provenientes de casca de pinus associadas a carvão vegetal, casca de arroz carbonizada, pedra britada ou fibra de piaçava. “Uma alternativa muito utilizada é suspender os vasos de orquídea. Isso facilita a manutenção, favorece a ventilação das raízes e previne ataques de lesmas, caramujos e cochonilhas”, destaca Flávia Pereira. Contudo, de acordo com a pesquisadora, o cultivo de orquídeas pode ser realizado em bancadas ou dentro de estufas abertas ou fechadas, desde que haja luminosidade e umidade.

Adubação

A adubação de orquídeas deve ser feita durante o verão, período em que a planta está em pleno desenvolvimento vegetativo. A adubação correta fortalece as orquídeas contra doenças, pragas e auxilia na produção de flores, que ocorre, em geral, uma vez ao ano.

Segundo a pesquisadora da EPAMIG, Marialva Moreira, o adubo para orquídeas pode ser orgânico ou inorgânico. “Esterco de galinha é um bom adubo orgânico, pois é rico em nitrogênio. Ele pode ser usado em mistura com substrato ou espalhado na superfície. Recomenda-se uma colher de sopa por planta a cada dois meses”, explica.

Já os adubos inorgânicos são facilmente encontrados em casas especializadas. As formulações NPK 30-10-10 e 10-30-20 são as mais utilizadas.

Irrigação

A irrigação de orquídeas deve ser feita até o substrato ficar encharcado. Mas, atenção, o excesso de água facilita o surgimento de fungos e pode apodrecer as raízes.

Para orquídeas cultivadas em bancadas, o cuidado com o excesso de água deve ser redobrado. Além disso, em hipótese alguma é recomendado usar pratos embaixo dos vasos.

Doenças e pragas

Os principais sintomas de doenças em orquídeas são podridões de raízes, hastes ou pseudobulbos, manchas foliares e alterações na coloração das flores.

Para evitar doenças é recomendado o uso de plantas matrizes sadias e substratos esterilizados. Também, é necessário controlar o excesso de umidade e adubação, manter as plantas em locais bem ventilados, remover as partes secas e doentes, isolar plantas com ataques de doenças e desinfetar bancadas, equipamentos e utensílios. Já as pragas mais comuns em orquídeas são cochonilhas, percevejos, pulgões, vespinhas, besouros, abelha sem ferrão, lagartas, moscas, ácaros, tripes, tatuzinhos, lesmas e caracóis.

Para evitar a disseminação dessas pragas é necessário manter a planta contaminada isolada das demais e, durante esse período de isolamento, fazer de duas a três aplicações de produtos com ação inseticida ou acaricida a cada 15 dias.

Além disso, alguns métodos caseiros podem ser utilizados caso não haja ocorrência de ataques severos. Dentre eles, os mais comuns são a catação manual e o preparo de caldas. “A calda mais utilizada é a de sabão. O preparo utiliza três dentes de alho amassados e misturados com uma colher de sopa de sabão em pó. Em seguida, a mistura é diluída em um litro de água quente. A esta solução são acrescentados dez litros de água e a calda está pronta para ser pulverizada nas plantas”, conclui Flávia Pereira. Informações EPAMIG MG

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