Para o Saae, captação de água no Rio Corrente trará segurança hídrica a GV

A adutora para captação de água no rio Corrente, na divisa entre Governador Valadares e Periquito, trará mais segurança hídrica para a população valadarense. A avaliação é do diretor de Gestão Estratégica do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Wady Dutra, que esteve no canteiro de obras na terça-feira (15), juntamente com jornalistas, em visita organizada pela Fundação Renova, que executa a obra como parte das ações de reparação após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana.

“Essa captação é questão de segurança hídrica para a população de Valadares; a gente vai poder abastecer a população”, comentou Dutra. O Saae fiscaliza as obras a cada 15 dias. A Renova deve concluir a adutora até dezembro de 2020. Após três meses de operação assistida, a captação da água para abastecer o município ficará sob a responsabilidade do Saae. “Se o Saae confirmar que a obra foi feita de acordo com o compromisso, tudo dentro das normas técnicas, a gente vai receber a adutora e a captação, para começar a operacionalizar a partir de março de 2021”, disse o diretor de Gestão Estratégica da autarquia responsável pelo abastecimento do município.

A construção da adutora é realizada em quatro frentes, de acordo com o engenheiro civil Fredy Brito, líder da obra. Três dessas frentes são a obra linear da adutora em si, em 35 quilômetros de tubulação entre o rio Corrente e as estações de tratamento de água do Saae no Centro e nos bairros Vila Isa e Santa Rita. A quarta frente é o chamado “tunnel liner”, uma estrutura subterrânea por baixo da BR-381, próxima ao distrito de Baguari, que deve ser finalizada na próxima semana.

“O tunnel liner é uma metodologia construtiva, desenvolvida para trabalhos em locais em que a gente não pode utilizar equipamentos pesados, no caso de rodovia, ferrovia, travessia de pequenos riachos e outros trechos urbanos. Nesse trecho, por ser em rodovia, ficaria difícil executar a obra com os métodos tradicionais, por isso a definição dessa metodologia não destrutiva, que é o tunnel liner”, explicou o engenheiro.

Até o momento já foram instalados mais de 5 km, dos 35 km de tubulação da adutora, que deverá ter uma vazão de 900 litros de água por segundo. Segundo a Renova, cerca de 10 km de tubos devem estar instalados até o final do ano. Parte desses tubos ficará sob a terra, mas também haverá trechos expostos. Com aproximadamente 150 pessoas trabalhando atualmente nas quatro frentes de trabalho, a Renova estima que o pico de contratação (o máximo de pessoas trabalhando simultaneamente) seja de 550 trabalhadores. O investimento realizado na captação é de R$ 155 milhões.

A visita ao canteiro de obras em Baguari aconteceu a convite da Renova, como parte de um balanço das ações de reparação pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana, ocorrido em 5 novembro de 2015, e que causou o despejo de rejeitos da mineradora no rio Doce.

por THIAGO FERREIRA COELHO

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