Obras do Teatro Atiaia completam quatro meses

De acordo com o presidente da Cia de Teatro Katarriso, Luiz Mauro, 80% de demolição e alvenaria já foram realizadas e alguns ambientes estão entrando na parte de acabamentos

No dia 31 de janeiro deste ano foi anunciada a reforma do Teatro Atiaia através do projeto elaborado pela Cia de Teatro Katarriso, em conjunto com engenheiros e arquitetos da cidade. O valor total da obra foi orçado em pouco mais de R$ 2,5 milhões e tem patrocínio da Cenibra, Vale, Ministério da Cidadania (por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura), além de contar com o apoio da Prefeitura de Valadares. As obras foram iniciadas no dia 6 de agosto deste ano, com previsão de entrega para o mês de agosto de 2021.

De acordo com o presidente da Cia de Teatro Katarriso, Luiz Mauro, além da reforma estrutural do prédio, as obras contemplarão banheiros e camarins revitalizados, que também atenderão pessoas com deficiência (PcD), elevador, novos equipamentos de iluminação, sonorização e climatização em todos os ambientes.

Luiz conta que a execução das obras, em geral, está caminhando como planejado, e com quatro meses de trabalho as etapas de demolição e alvenaria estão sendo feitas. “A maior parte de demolição, cerca de 80%, já foi realizada, mesma porcentagem da parte de alvenaria. Em alguns ambientes já entramos com acabamento na parte de revestimento”, disse.

Segundo Luiz Mauro, a capacidade de público dentro do teatro será reduzida de 420 para 312 pessoas, por orientação do Corpo de Bombeiros. Nas obras está previsto um maior espaçamento entre as cadeiras, a fim de deixar uma rota de fuga para as pessoas que estarão frequentando o local.

Luiz Mauro é presidente da Cia de Teatro Katarriso e está acompanhado todo o processo de execução das obras (Foto: Fábio Velame)

Sobre a expectativa dos artistas valadarenses para ver a finalização das obras do teatro, Luiz Mauro ressalta que os colegas da classe artística estão aguardando com muita esperança. ’’A expectativa é bem grande e eles estão bem ansiosos. Alguns fizeram uma visita em setembro e viram como estava sendo feito o trabalho de reconstrução. A esperança é que a gente possa entregar um teatro de acordo com a necessidade da categoria artística valadarense.”

Componente da Cia de Artes Asas do Invento, Ademir Martins trabalha com teatro há dez anos. Ele revela que está esperançoso de ver a finalização do teatro, que será muito útil para a classe artística valadarense. ’’A expectativa para a abertura do teatro é que ela esteja inclusa em projetos como o Festival Nacional de Teatro de Governador Valadares. Há uma grande expectativa para que a gente continue fazendo esses projetos de teatro em Valadares, como também a campanha de popularização do teatro e da dança. Ter o teatro reaberto será um impulsionamento para que os grupos, a maioria deles, voltem a trabalhar e funcionar, e fazer com que esse trabalho seja mais centralizado. Essa é a nossa expectativa, que o teatro seja reaberto o quanto antes e que abrace os artistas valadarenses.”

O artista valadarense Ademir Martins foi revelado no palco do Teatro Atiaia (Foto: Arquivo Pessoal)

Ademir Martins ainda destaca os espaços utilizados pela classe artística em Valadares, desde quando aconteceu o fechamento do Teatro Atiaia. ’’Mesmo com a reabertura do Atiaia, que é a grande casa, o coração do teatro em nossa cidade, não deixaremos de usar os espaços que a gente ‘empoderou’ deles, que é o CEU das Artes no Santa Efigênia, Centro Cultural Nelson Mandela, e as praças públicas da cidade. O teatro será mais um espaço para se descobrir novos talentos, assim como aconteceu comigo.”

A Prefeitura de Valadares explicou em nota enviada ao DRD que as obras do teatro só foram iniciadas no mês de agosto porque foi preciso vencer procedimentos burocráticos, e que a previsão de entrega é de um ano. Também foi informado que, se o prazo de término de reforma vencer e não tiver mais aportes das empresas patrocinadoras, a Prefeitura entrará com outros aportes.

Interdição

O Teatro Atiaia foi interditado em outubro de 2015, depois de um pedido do Ministério Público, que exigia adequações nas questões de segurança e acessibilidade para deficientes físicos.

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