Mercado de vendas de carros em Valadares se aquece após momentos de incertezas durante a pandemia

Problema maior atualmente é a reposição dos carros nas agências e concessionárias

A pandemia da Covid-19 atingiu todos os setores da sociedade, sem exceção. No setor automotivo, houve redução na produção das fábricas, além da alta do dólar, que elevou os custos da produção de carros. Apesar do período de incertezas, o mercado de vendas de carros em Governador Valadares está aquecido, de acordo com alguns empresários.

Luiz Arthur Batista da Silva é sócio-diretor de uma concessionária situada a avenida Piracicaba, na Ilha dos Araújos. Ele revela os impactos do mercado automotivo, mas vê uma boa recuperação no mercado. “De fato, o impacto da pandemia afetou a economia como um todo, e com os automóveis não foi diferente. Em janeiro de 2020 foram emplacados 180 mil carros no Brasil, contra 50 mil em abril, que foi o fundo do poço pro nosso mercado. De lá pra cá tivemos uma recuperação forte e no mês agosto foram 170 mil carros emplacados. Quanto à produção e entrega de veículos nos primeiros meses da pandemia, foram realmente bem prejudicadas, com fábricas fechadas e problemas logísticos com os insumos. A recuperação variou muito por montadora. Algumas tomaram medidas mais rapidamente e conseguiram retomar a produção; outras demoraram mais, e, com a recuperação forte do mercado, algumas marcas ou modelos específicos ainda estão com problema de abastecimento”, disse.

Ernane Guerra é gerente de vendas de uma concessionária localizada na avenida Brasil, no centro de Governador Valadares. Ele explica que, apesar de ter uma melhora nas vendas, a reposição de carros tem sido um problema, além da alta do dólar. “Passamos por várias mudanças e uma delas foi a restrição de público em nossa loja. Isso nos levou a trabalhar outras ideias, como as vendas online, que têm nos ajudado bastante. A maior dificuldade no momento atual é a reposição de carros, pois as fábricas tiveram uma paralisação, mas voltaram com um pouco de limitação. Outro fator prejudicial que tivemos é no valor dos carros, até pela alta do dólar que influenciou nos preços e atrapalhou um pouco”

Ernane Guerra cita a alta do dólar e o desabastecimento de carros das fábricas como um problema na pandemia (Foto: Fábio Velame)

Proprietário de uma agência de carros usados e seminovos localizada na avenida Minas Gerais, no bairro Nossa Senhora das Graças, Tiago Magno ressalta que o período de pandemia foi de muitas incertezas, mas segue tocando o negócio da melhor forma possível, mesmo sabendo do problema de desabastecimento ocasionado pelas fábricas. “Estamos passando por uma situação muito complicada. De início foi o fechamento das lojas, e todo mundo travado dentro de casa, situação que acabou desestimulando a aquisição de vários bens. Depois, passada essa situação do fechamento do comércio, veio o medo de comprar e como seria o futuro. Passou-se também essa fase e hoje vivemos um novo momento. O mercado de vendas está bem aquecido, porém, estamos com dificuldades de reposição de carros. A paralisação das fábricas afetou o abastecimento nas concessionárias, sendo que essas concessionárias abastecem o mercado de usados e seminovos. O número de carros zero quilômetro diminuiu e travou a roda gigante da economia do nosso segmento. Hoje posso dizer que não temos problemas nas vendas, pois o mercado está aquecido. A pandemia ainda está aí e, como consequência, temos esse período de desabastecimento”.

Tiago Magno em sua agência de carros seminovos e usados (Foto: Fábio Velame)

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