Marcha em prol da luta antimanicomial colore centro de Valadares

FOTO: Pamella Tomich

O curso de Psicologia da Univale, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de Valadares, realizou uma marcha em prol da luta antimanicomial, na sexta-feira (19). Os profissionais, alunos e apoiadores exibiram cartazes e caminharam da Praça Serra Lima até a Praça dos Pioneiros.

A iniciativa foi em comemoração ao Dia da Luta Antimanicomial, celebrado em 18 de maio. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para o direito fundamental à liberdade, reabilitação, humanização no tratamento e inclusão social das pessoas com transtornos mentais. Ou seja romper com a ideia de que esse público deve se isolar do convívio social. 

Dessa forma, o secretário da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo (SMCELT), Kevin Figueiredo, conduziu os apoiadores com o bordão: “Trancar não é cuidar”.

“A importância de participar desse evento é justamente dar ainda mais força para uma causa tão importante como a luta antimanicomial. A gente percebe ainda um estigma muito grande em relação às pessoas que têm transtorno mental. E hoje possuem metodologias e serviços de parceiros que auxiliam no tratamento. Então reforçando essa ação, a gente conscientiza que trancar não é cuidar. E existem várias possibilidades que podem potencializar esse cuidado de maneira mais efetiva”, afirma Kevin.

PRÁTICAS MANICOMIAIS

Segundo a psicóloga e professora universitária Priscila Coelho, ainda são muitas práticas manicomiais. “Os direitos das pessoas que têm transtornos mentais constam na Lei 10.216, mas ainda precisa conquistar muitas questões em relação ao cuidado, porque ainda temos muitas práticas manicomiais. Precisamos da política pública para reforçar os recursos, o incentivo financeiro e fortalecer a rede de atenção psicossocial. É um movimento que parte da comunidade e precisa envolver toda a população”, explica.

Para Débora Godinho, estudante do 2º período de Psicologia da Univale, é muito gratificante participar de eventos de causas sociais. “Acho muito importante, porque as pessoas precisam ser inseridas na sociedade, e antes eram tratadas como loucas e trancadas. É a primeira vez que participo e é muito importante nós da Psicologia estarmos envolvidos nessas pautas e se importar com o outro”.

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