Começou nesta quinta-feira (10) e vai até sexta (11) o Seminário Integrado do Rio Doce, em Governador Valadares. O evento é promovido pela Universidade Vale do Rio Doce (Univale) em parceria com organizações públicas e do terceiro setor, e traz inúmeras discussões acerca das consequências do rompimento da barragem de Fundão, a ética ambiental e os impactos da mineração no estado. Todos os assuntos têm como centro dos debates considerar os aspectos humanos e culturais dos atingidos pela tragédia ambiental.
“O objetivo do seminário é discutir os impactos decorrentes do desastre. Tem sete anos do rompimento da barragem da Samarco, e desde o momento do desastre, todos os anos, a gente faz o seminário para discutir a multidimensionalidade do desastre, sejam os seus impactos ao ambiente natural, propriamente dito, mas também ao ambiente cultural, as populações, a comunidade e a humanidade”, disse o professor do curso de direito da Univale Diego Jeangregóri, coordenador da comissão organizadora do seminário.
Em 2022, o Seminário chega à sétima edição, com a proposta de estabelecer um espaço de diálogo entre a comunidade, a comissão de atingidos do território de Valadares, o Fórum Permanente em Defesa da Bacia do Rio Doce, com o poder público, as instituições de justiça e instituições acadêmicas: professores, pesquisadores, mestrandos e doutorandos.
“Ao longo desses sete anos existem mais perguntas do que respostas. A cada dia é identificado um novo tipo de dano, um novo tipo de impacto. devido à tamanha magnitude do desastre e ao desconhecimento que se tinha dos impactos”, explicou o professor.
Como parte da programação do Seminário, no dia 5 de novembro, data que marca os sete anos do rompimento da barragem de Mariana, o Fórum Permanente em Defesa da Bacia do Rio Doce realizou uma celebração ecumênica, no bairro Ilha dos Araújos. E na manhã desta quinta-feira (10) ocorreu a abertura oficial dos debates e palestras, com pesquisadores, professores e autoridades no assunto.
“A gente fecha o seminário na sexta (11) à noite com uma grande mesa, em que a gente coloca no mesmo espaço representantes dos atingidos e representantes das instituições de justiça. Então vai vir a doutora Mônica Sifuentes, desembargadora e presidente do TRF-6, e o doutor Carlos Bruno, do Ministério Público Federal, que é coordenador da Força Tarefa Rio Doce, dialogando com a comunidade e outras instituições”, informou Diego Jeangregóri.
O evento acontece presencialmente no auditório A do Campus II da Univale, no bairro Universitário, e também poderá ser acompanhado pela internet, no canal da Univale no YouTube. Veja a programação completa abaixo.
