Grupo criminoso é investigado por usar a crença religiosa para aplicar golpes financeiros

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (5), a operação “Mercadores do Templo”. O objetivo da ação é desarticular um esquema criminoso desenvolvido em uma complexa composição piramidal para captação de recursos financeiros sob a promessa de lucros exorbitantes.

A Operação “Mercadores do Templo” é uma ação conjunta do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), núcleo Paracatu, em conjunto com a Polícia Civil. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva nas cidades de Unaí, Belo Horizonte, Contagem, Guanhães, Belém/PA e Brasília/DF. 

Usando a fé para aplicar golpes financeiros

Segundo a investigação do Gaeco, os membros da organização criminosa utilizavam a fé como principal meio de obter investidores para os supostos serviços financeiros que ofereciam. As informações coletadas apontam que o chefe do grupo apresentava-se como “homem de Deus”, honesto e de conduta ilibada, utilizando-se de uma boa oratória, conhecimentos bíblicos, jargões de cunho religioso e, até mesmo, músicas gospel para ludibriar as vítimas.

Além disso, as empresas do grupo criminoso ofereciam serviços financeiros de altíssima e ilusória rentabilidade. A forma de atuação dos investigados se assemelha ao modo de agir de grandes organizações criminosas responsáveis por delitos altamente complexos, conhecidos como “Esquemas Ponzi” ou pirâmides financeiras. 

O cumprimento dos mandados de busca e prisão preventiva, outras medidas cautelares e as investigações contam com apoio do Gaeco Central de Belo Horizonte, dos Gaecos regionais de Pouso Alegre e Governador Valadares, da Central de Apoio Técnico do MPMG, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária, da Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos, além da Polícia Militar, dos Ministérios Públicos do Pará e do Distrito Federal e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Sobre a operação

O nome da Operação “Mercadores do Templo” faz alusão ao momento bíblico em que Jesus expulsa do Templo de Jerusalém os mercadores que estavam usando o espaço para fazer negócios e roubar o povo. Informações: Ministério Público de Minas Gerais

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