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Governo decide prorrogar onda roxa até o dia 11 de abril

O governo Zema decidiu prorrogar a vigência da onda roxa do Plano Minas Consciente até 11 de abril em 13 das 14 macrorregiões de saúde do Estado. A medida se dá na tentativa de conter o avanço da covid-19, que, na última semana, apresentou recorde de casos notificados em Minas. Governador Valadares está inserida na onda roxa. O prefeito André Merlo (PSDB) convidou toda a imprensa para uma coletiva logo mais, para atualizar a situação da covid-19 em Valadares.

A única macrorregião a regredir para a onda vermelha é a Triângulo Norte, primeira a ser inserida na fase mais restritiva do Minas Consciente. As outras ainda não apresentaram queda sustentada na taxa de óbitos e de ocupação em leitos de UTI, conforme nota do governo de Minas Gerais. As medidas são reavaliadas a cada sete dias pelo Comitê. 

O governador Romeu Zema destacou que o momento ainda é difícil e pede cautela para preservar vidas. “Tivemos mais uma semana de recorde, tanto no Brasil quanto em Minas. Infelizmente, os números de óbitos e a taxa de ocupação de leitos está subindo na maior parte das regiões. Seguimos com os esforços para ampliar leitos, apesar da falta de recursos, principalmente humanos, e, mais recentemente, de insumos. Contamos com o apoio da população para superar essa fase o quanto antes”, afirmou.

Números

Na última semana, Minas Gerais apresentou aumento de 6,9% no número de casos e de 8,1% nos óbitos. A incidência da doença cresceu 20% nos últimos 7 dias e 41% em 14 dias. A positividade atualmente é de 43%, o que significa que esse é o percentual de resultados positivos para covid-19 entre pacientes com sintomas gripais.

A incidência da doença também vem aumentando em cidades com menos de 30 mil habitantes. Atualmente, são apenas 93 municípios desse porte com menos de 50 casos a cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Na última semana, o número era de 141.

Impacto da onda roxa

Com a ampliação do distanciamento social e as medidas restritivas de circulação propostas pela onda roxa, a expectativa é de aumentar o isolamento da população e, consequentemente, diminuir a notificação de casos suspeitos.

“Essa diminuição de casos positivos permite queda na incidência e, consequentemente, melhora a taxa de ocupação na rede hospitalar e, por fim, dos óbitos. É o que se espera da onda roxa”, afirmou o secretário-adjunto de Saúde, André Luiz Moreira dos Anjos, durante a reunião do Comitê.

A evolução do Triângulo do Norte para a onda vermelha do Minas Consciente ocorreu após a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) identificar queda de 18% na taxa de incidência nos últimos 14 dias na macrorregião. Já na última semana, essa queda foi de 3%, demonstrando uma melhora nos indicadores da região após a adesão da população à onda roxa, desde 3 de março.

Com relação à variação no número de internações na macrorregião Triângulo do Norte, os índices caíram de 14,04% para 6,42% nas últimas três semanas, registrando o menor indicador entre as regiões mineiras.

Microrregião

A microrregião de Patos de Minas, que pertence à macrorregião Noroeste, uma das primeiras a serem incluídas na onda roxa, também respondeu positivamente, podendo evoluir, agora, para a onda vermelha. Houve queda de 35% na taxa de incidência e a taxa de ocupação da UTI adulto exclusivo para paciente covid está em 87%. A macrorregião Noroeste, no entanto, não obteve o mesmo êxito e se mantém na fase mais restritiva do plano Minas Consciente.

Isolamento

Na última semana, a adesão ao isolamento social em Minas subiu de 39% para 46,67%. O reflexo disso foi a redução na notificação de casos suspeitos, o que confirma a expectativa do Governo de Minas de que, em breve, haja queda no número de internações e também nos óbitos. Apesar disso, o isolamento social no estado ainda está abaixo da média do país, de 49,15%.

Medicamentos e cirurgias eletivas

Ainda durante a reunião desta quarta-feira (31/3), o Comitê Extraordinário Covid-19 aprovou a alteração nas deliberações que tratam do fornecimento de medicamento e marcação de cirurgias eletivas na rede privada.

Em relação aos medicamentos necessários para intubação, os hospitais particulares deverão informar à Secretaria de Estado de Saúde sobre os estoques de tais insumos. Até agora, a obrigatoriedade era somente para as instituições hospitalares públicas, filantrópicas e contratualizadas com o SUS.

Já as cirurgias eletivas deverão ser suspensas na rede privada, dada a escassez geral de medicamentos de intubação em nível nacional e a ocupação elevada de leitos. A medida já havia sido adotada pela rede pública.

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