Presidente Jair Bolsonaro ao confirmar sua decisão de demitir o ex-ministro da Saúde
‘Paciente’ troca de médico: Teich é o novo ministro
O presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde após ouvir o ex-ministro anunciar, em coletiva, que decidira continuar no cargo porque “um médico não abandona seu paciente”. A fantasia de Mandetta se desfez com a realidade: não era dele a decisão sobre sua permanência. Nessa quinta (16), o “paciente” desistiu dele. E o substituiu por um médico carioca, Nelson Teich.
Faltou SUS na fala
O novo ministro teria pavimentado melhor sua chegada ao Ministério da Saúde afirmando seu compromisso com o SUS, tema caro na casa.
Conhecimento, tem
Em seu primeiro pronunciamento, Nelson Teich mostrou segurança e que tem opiniões próprias, apesar de se dizer “alinhado” a Bolsonaro.
Saúde no palanque
Se Nelson Teich devolver ao Ministério da Saúde a conduta técnica que lhe cabe, afastando-o dos palanques, haverá ganho de qualidade.
Tecnologia na Saúde
Chamou atenção a promessa de Nelson Teich de introduzir tecnologia no Ministério da Saúde. Ele é do ramo, dono da empresa Teich Health Care.
Noticiário faz sempre opção por dados alarmantes
Em todas as coletivas do governo federal, para divulgar dados do avanço do coronavírus no Brasil, o detalhamento sobre mortes foi ignorado no noticiário, em razão do apego mórbido de usar o pior dado possível e apostar em recordes de óbitos. O Ministério da Saúde informa que no dia 5 passado houve 90 mortes, o maior número de sempre, mas o noticiário prefere difundir 204 óbitos. O objetivo é garantir audiência e cliques.
Quanto pior, melhor
Não morreram 200 pessoas em um único dia. Esse número corresponde ao total de testes cujos resultados ficaram prontos em determinado dia.
Vão mudar
Segundo o Ministério da Saúde, 18% dos óbitos confirmados precisam ter a fase de investigação concluída, incluindo a data da morte.
Fila de casos
Sem os testes rápidos, paciente que morreu em Manaus no dia 10, por exemplo, demora dias até a confirmação de que foi vítima de Covid-19.
Rei morto? Viva o rei
Bolsonaro se despediu do ex-ministro marqueteiro com estilo. Bolsonaro esperou começar a entrevista de Mandetta para apresentar o novo ministro, no Planalto. A coletiva do ex-ministro ficou às moscas.
Coletiva virou fumaça
A coletiva diária de Rodrigo Maia, sempre na hora do almoço, porque a essa hora não há concorrência, só começou às 16h45, quando Mandetta já era. Mas também foi ofuscada pelo anúncio do novo ministro.
Como um intruso
Mandetta saiu mal do cargo, convocando entrevista coletiva para um ministério no qual já não tinha o que fazer. Usou instalações públicas para evento particular. Deveria ter usado a sede do DEM, seu partido.
Escolha elogiada
Referência em oncologia no Brasil e no mundo, Paulo Hoff era um dos muitos cidadãos preocupados com a troca de ministro da Saúde a esta altura. Mas elogiou a escolha do colega Nelson Teich.
Aceita ou cai fora
Ao negar indicação para o Ministério da Saúde, Sílvio Santos disse o que pensa de Mandetta: “Nunca acreditei que um empregado ficasse contra o dono. Ou ele aceita a opinião do chefe ou então arranja outro emprego”.
Primeira mão
A indicação do médico Nelson Teich para o Ministério da Saúde foi noticiada primeiro pela TV Band News, no fim da tarde de quarta (15). Tão logo o oncologista foi convidado para dar um pulinho em Brasília.
Alfinetando o ‘mito’
Para a alegria dos opositores de Bolsonaro, Mandetta ousou nos ataques ao próprio chefe. Chegou a citar o Mito da Caverna de Platão, onde quem enxerga apenas sombras acha que está vendo a realidade.
Ouvindo os botões?
A assessoria de Mandetta informou ontem, pelas 15h30, que ele chegava ao Planalto para “ouvir o seu pedido de demissão”, segundo a CNN. Faltou pouco para dizer que o ex-ministro foi lá demitir Bolsonaro.
Pensando bem…
… com Mandetta procurando emprego, Tedros Adhanom (OMS) que se cuide.
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