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EUA usam caso do brasileiro que fez a travessia com “falsa filha” para destacar a importância do exame de DNA na fronteira

As autoridades federais de imigração destacaram, na semana passada, a preocupação com o crescente aumento da travessia ilegal na fronteira entre os Estados Unidos e o México. A presença de crianças imigrantes foi um dos fatores que geraram discussão entre legisladores e grupos ativistas. Entre um dos casos citados pelo Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês) está um brasileiro de 36 anos de idade que em abril foi pego cruzando a fronteira com uma menina de 8 anos que ele alegou ser sua filha.

Os agentes não acreditaram nele e, depois de questionar os dois, perceberam que suas histórias não coincidiam. O homem, então, admitiu que era amigo da mãe da criança, no Brasil, e estava usando a menina para fingir ser uma família, na esperança de aproveitar o tratamento mais brando que a política dos EUA oferece aos pais que atravessam a fronteira com filhos.

O caso do brasileiro tem sido usado pela mídia norte-americana e autoridades para destacar a importância da coleta de DNA de todos os imigrantes que atravessam a fronteira ilegalmente. De acordo com as informações, no ano fiscal de 2020, o ICE registrou que 2.272 famílias tiveram o DNA coletado e 120 foram determinadas como falsas.

Nos últimos cinco meses do ano fiscal de 2019, incluindo o auge do último aumento na fronteira, o ICE conduziu 1.086 testes de DNA em supostas famílias e 167 não tinham nenhuma conexão familiar – uma taxa de fraude de 15%.

Todd Bensman, pesquisador sênior de segurança nacional do Center for Immigration Studies, chamou a queda nos testes de “patética”, pois nos últimos meses houve um aumento repentino de imigrantes na fronteira. Ele acrescentou que o problema parece ser que o Departamento de Segurança Interna (DHS, sigla em inglês) não previu o aumento da família e não tinha kits de teste de DNA em mãos. “Não acho que seja uma questão de não querermos implantá-los. Acho que é uma questão de as autoridades terem sido pegas de surpresa”, disse.

Kits foram solicitados, de acordo com ele, mas mesmo assim não há funcionários suficientes para usá-los, pois agentes do ICE também estão sendo usados ​​para “tapar buracos” em outras áreas de fiscalização contra o contrabando de imigrantes.

Adultos se arriscam com crianças na fronteira por causa de uma brecha na política de imigração. Segundo uma ordem do tribunal federal, as crianças que chegam com os pais devem ser libertadas da custódia em 20 dias. Como libertar os filhos sozinho significaria separá-los de seus pais, a família inteira geralmente é liberada.

Contrabandistas e imigrantes perceberam isso e começaram a usar crianças, incluindo aquelas que não pertenciam a eles. Embora algumas famílias estejam sendo rejeitadas sob uma ordem de emergência de saúde, a maioria não está.

O Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, sigla em inglês) disse que entrega os casos ao ICE para investigação.

A história do brasileiro tem sido cada vez mais divulgada pela mídia e usada em debates entre legisladores e autoridades federais de imigração. Isso porque ela mostra o aumento de imigrantes que tentam entrar nos EUA usando o falso argumento de “família”. (Fonte: Brazilian Times)

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