Por Thiago Ferreira Coelho
O coordenador do mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT) da Univale, professor Haruf Salmen Espíndola, foi a Brasília nesta semana e, em reunião com a presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Mercedes Bustamante, reforçou demandas da instituição por bolsas de ensino, recursos e apoio. Em pauta, foram discutidas ações afirmativas para incluir povos tradicionais, como indígenas e quilombolas, em programas de pós-graduação. Também foi debatida a criação de novos cursos de mestrado e doutorado pela universidade.
A reunião, na manhã de quarta-feira (3), contou ainda com as participações do deputado federal Leonardo Monteiro (PT-MG) e da diretora da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Laila Salmen Espíndola, valadarense que é professora há 25 anos na Universidade de Brasília (UnB).
Laila relata que, durante o encontro, Haruf fez, à presidente da Capes, uma apresentação sobre a história da Univale e o contexto da universidade na região. “Ele fez uma síntese muito interessante de tudo e da região de Governador Valadares e entorno, no Vale do Rio Doce. É a segunda região do país, depois da Amazônia, que tem o maior número de povos indígenas. E que também tem mais de 200 comunidades de povos tradicionais quilombolas. E a universidade tem todo um trabalho nesse contexto, com a importância do programa de pós-graduação para o desenvolvimento da região, por meio da formação de recursos humanos qualificados”, destacou a diretora da SBPC.
Novos cursos de mestrado e doutorado
Já existem na Capes processos para abertura de novos cursos de mestrado e doutorado na Univale, entre os quais a criação de um curso de doutorado dentro do já existente programa de pós-graduação em Gestão Integrada do Território; criação de programa de pós-graduação em Saúde, Ambiente e Inovação, com curso de mestrado profissional; programa de pós-graduação em Vigilância em Saúde, com a criação de mestrado e doutorado profissional; e um programa de pós-graduação em Gestão de Conflitos, Direitos e Humanidades, com criação de um curso de mestrado profissional.
“Isso está em julgamento na Capes, ainda não se tem o resultado. Mas a presidente tem conhecimento que a demanda está lá. Eu conheço bem minha cidade. Esses temas, a criação desses programas com esses temas, é para atender ações de urgência em Governador Valadares. São programas específicos e abertos para a reconstrução da região e do país, e para retomar o papel da ciência. A gente vive a era do conhecimento, a ciência é fundamental. Hoje, o que domina o mundo é o conhecimento, é o que permite o avanço da sociedade”, salientou Laila Salmen.
