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Democrata 89 anos: “O teu passado reflete no presente, um futuro que haveremos de vencer”

Profissionais que fizeram história pela Pantera torcem para ver o clube forte voltando à elite do futebol mineiro e disputando competições nacionais, como já aconteceu

O Democrata é um dos principais times de Minas Gerais e comemora hoje 89 anos. Com muita história vivenciada no futebol mineiro e também com participações em competições nacionais, atualmente a Pantera está no Módulo II, divisão de acesso do Campeonato Mineiro. Ex-jogadores e profissionais que passaram pelo clube gostariam de ver o Democrata crescendo e se fortalecendo para retornar à primeira divisão do futebol mineiro, além de poder figurar em competições nacionais.

A história da Pantera surgiu antes mesmo de Governador Valadares, que ainda era chamada Figueira, distrito de Peçanha. O clube valadarense nasceu em 1932, após o fim do Ibituruna Foot-Ball Club. No âmbito amador, se destacou na década de 1940 quando formou um time que ficou conhecido como “Expresso do Vale”. Mas só em 1969 que a Pantera estreou oficialmente no Campeonato Mineiro.

O primeiro título do Democrata em âmbito profissional foi na Taça Minas Gerais 1981, após vitória de 2 a 1 sobre o Uberlândia, no Mamudão. Além disso foi na temporada de 1991 que o clube valadarense teve uma das suas maiores glórias, até hoje, com o vice-campeonato mineiro de 1991, quando ficou atrás apenas do Atlético Mineiro, no hexagonal final que definiu o título estadual. Aquela temporada era incerta, pois um ano antes o clube valadarense ficou de fora do Campeonato Mineiro por causa de um imbróglio envolvendo o América Mineiro.

A década de 1990 ainda foi marcada por grandes campanhas no Campeonato Mineiro, que garantiu à Pantera o título de campeão do interior em vários anos. Em 1998, por exemplo, o time chegou à fase semifinal e acabou eliminado pelo América Mineiro, em um jogo que muitos jogadores e torcida reclamam da arbitragem ter favorecido o clube da capital. Além disso, nessa mesma década, o clube participou de edições da Copa do Brasil (1992 e 1995) e da série B do Campeonato Brasileiro (1994 e 1995).

Na história da Pantera, ainda há de se destacar os títulos do Campeonato Mineiro do Módulo II de 2005 e 2016, além da conquista histórica do Campeonato Mineiro de Juniores em 2003.Também foi semifinalista do Campeonato Mineiro de 2007, o que garantiu ao clube valadarense uma vaga à série C do Campeonato Brasileiro da mesma temporada e na Copa do Brasil de 2008. Em 2009 chegou às quartas de final do Estadual. Um ano depois foi mais uma vez semifinalista do Campeonato Mineiro. Por questões financeiras, a Pantera não exerceu o direito de disputar a série D nas temporadas 2009 e 2010.

Ídolos esperam ver o clube forte

“És o orgulho do Vale do Rio Doce, tua camisa é a imagem do poder. O teu passado reflete no presente, um futuro que haveremos de vencer” é parte do hino do Democrata. Profissionais que marcaram a história da Pantera torcem para o clube se desenvolver e voltar a se destacar no cenário do futebol.

Um dos grandes ídolos do Democrata é Gilmar Estevam, que participou daquela campanha do vice-campeonato mineiro de 1991, sendo o artilheiro da competição com 14 gols. Ele também foi treinador do clube, na trajetória do vice-campeonato do Módulo II 2014, que levou a Pantera de volta à elite do futebol mineiro.

Gilmar ao lado de Dinho, torcedor mascote do clube (foto: Arquivo pessoal Gilmar Estevam)

Gilmar explica que tem muita gratidão por fazer parte da história do Democrata, pois foi com a camisa do clube valadarense que ele conseguiu projeção. “O clube representa para mim muita coisa, e até virou um sobrenome. Hoje quando você chega em Valadares e falam do Gilmar do Democrata, todos sabem quem é. Tenho uma gratidão muito grande pelo clube que abriu as portas e me projetou para o futebol mineiro, brasileiro e mundial. Aquela equipe de 1991 muitos torcedores não esquecem, pois fizemos uma grande campanha e fomos vice-campeões do Estadual, disse.

Gilmar atualmente é treinador e já rodou por clubes de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. No início deste mês foi campeão da série B2 do Campeonato Carioca comandando a equipe do Pérolas Negras. O fato de ser treinador não diminui o carinho pelo Democrata e sempre fica na torcida pelo sucesso do clube valadarense. “Mesmo sendo um profissional do futebol, levo o Democrata comigo sempre. Procuro saber como o clube está e me considero um torcedor. Também trabalhei como treinador na Pantera, onde tive momentos bons e ruins, mas nunca deixei de fazer o meu melhor. Estamos sempre torcendo que o Democrata possa desenvolver e crescer mais, pois tem uma torcida apaixonada, sabemos como é isso. Que o clube consiga novamente voltar à primeira divisão do Mineiro e também disputar competições nacionais. Torcemos por isso, para que as coisas melhorem para o clube, querendo ver o Democrata sempre forte”.

Marcelo Alves foi outro jogador que marcou história no clube valadarense. Natural de Caratinga, veio jovem para Valadares e integrou as categorias de base do clube, onde se profissionalizou. Jogou de 1991 a 1995 e depois de se destacar na Pantera foi para o Botafogo, onde jogou por quatro temporadas. Ele parabenizou o clube pelos 89 anos.

Marcelo Alves tem muitas boas lembranças da passagem pela Pantera (foto: Arquivo Pessoal Marcelo Alves)


“Quero parabenizar o Esporte Clube Democrata pelo seu aniversário. Torço para que volte a brilhar nos gramados de Minas Gerais e pelo Brasil e no mundo. Sou muito grato ao nosso Democrata por me acolher e me proporcionar a ter o convívio com pessoas importantes do futebol no cenário nacional. Antes de ser campeão brasileiro pelo Botafogo, em 95, fui tetracampeão mineiro do interior entre 1991 e 1994. Participei daquele memorável grupo de 1991, que sagrou-se vice-campeão mineiro, em um elenco formado por maioria de jogadores da base da nossa Pantera, que tem uma torcida sensacional, que sempre lotava o Mamudão. Costumo dizer que, nós jogadores formados na base do Democrata, saímos do Democrata mais o Democrata não saiu de nós. É uma espécie de segunda pele. Sempre acompanho a nossa Pantera, mas que hoje vive um momento muito difícil. Tenho esperança que volte a brilhar novamente e volte a fazer uma base, como na década de 1990, pra brilhar novamente. Parabéns, Pantera! Sempre estará no meu coração”.

Getúlio Anacleto é massoterapeuta e trabalha no Democrata há 30 anos. Ele chegou ao clube por intermédio do treinador José Maria Pena. O profissional tem muita história trabalhando na Pantera e se sente privilegiado por ter vivido muita coisa. “Tive muitos momentos marcantes aqui. Claro, o vice-campeonato mineiro em 1991 foi muito especial, pois o Democrata tinha um elenco fantástico. O José Maria Pena tinha uma visão muito boa e soube aproveitar muitos meninos da base. Não esqueço também do título do juniores em 2003, das duas conquistas do Módulo II e de nossas participações em Copa do Brasil, e nas séries B e C do Campeonato Brasileiro. Também não esqueço de quando escapamos do rebaixamento em 2011; conseguimos apenas uma vitória na competição e foi na última rodada. Vencemos de virada o Funorte, fora de casa, resultado que rebaixou o Ipatinga na época”.

Getúlio no Mineirão em 2018 (foto: Arquivo Pessoal Getúlio Anacleto)

Nascido no Rio de Janeiro, Getúlio se sente agradecido pela oportunidade de trabalhar no Democrata. Ele ressalta que o clube poderia ter mais apoio do empresariado da cidade. “O Democrata representa muita coisa para mim, pois trabalho no clube há 30 anos. Tem tantas pessoas que me marcaram aqui, que chega a ser injusto citar uns e outros ficarem de fora. É uma pena que a cidade não abraça o Democrata, como ele merecia, pois é uma marca forte e sempre leva o nome da cidade. Torço para que seja montada uma equipe forte e subir para a primeira divisão e se manter, mas sempre almejando algo a mais, como voltar a participar de torneios nacionais como já disputou em anos anteriores, além de fazer um trabalho de base, que seria importantíssimo”.

Diretor de futebol do Democrata, Edvaldo Soares, parabeniza e projeta time forte

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