Conforme dados disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde de Valadares, 83,84% da população se vacinou com a primeira dose da vacina contra a covid-19 até o momento. Mas apesar de esse número corresponder à maioria dos munícipes, o Setor de Imunização segue em alerta. Segundo a coordenadora do setor, Márcia Cordeiro, poucas pessoas estão voltando para completar o esquema vacinal, que vai até a 4ª dose.
No meio desse público, está a valadarense Débora Cunha. A empresária conta que, antes do começo da pandemia, teve trombose – formação de coágulos em locais onde não houve sangramento. Então o médico com quem ela faz acompanhamento teria recomendado não seguir com a imunização, ficando apenas na primeira dosagem da vacina. “Pelo fato de já ter tido trombose e ter conversado com meu médico, achamos viável”, disse.
Setor de Imunização esclarece orientações médicas
Contudo Márcia Cordeiro explica que casos como o de Débora Cunha são raros. “Isso é muito raro. As vacinas estão liberadas para pessoas com comorbidades. Agora, se ela está com uma doença num estágio agudo, naquele momento em que a doença está mais ativa, aí a recomendação é aguardar estabilizar para depois tomar a vacina. Essa é a recomendação para qualquer tipo de vacina”, explica.
De acordo com a Secretaria de Saúde, das 221.540 pessoas que tomaram a 1ª dose da vacina contra a covid-19, 202.435 retornaram para receber a 2ª dose; 109.662, a 3ª dose; e 32.875, a 4ª dose.
Juscélia Rodrigues está entre os valadarenses com a imunização completa. Ela tomou as quatro doses e afirma que não abandonou hábitos diários de prevenção, como o uso de máscaras:
“Eu acho certo tomar. A pessoa evita de pegar a doença e, se pegar, pega mais fraca, né. Isso é o que eu vejo os médicos falarem. Você evita de pegar a doença mais forte e ir parar no hospital, ficar entubado e até vir a óbito. Mas como eu tomei as quatro, protejo a família e eu também“.
Campanhas em foco
Ainda segundo Márcia Cordeiro, além da vacinação de rotina, está em destaque desde o mês de abril, juntamente com a vacina contra a covid-19, a campanha de imunização contra a influenza. E mesmo com o prazo extenso das campanhas, a coordenadora destaca que a procura por vacinas, sobretudo para crianças, segue muito abaixo do necessário.
“A cobertura vacinal está caindo. E isso traz consequências. Isso faz com que doenças retornem. Graças à vacinação, nós conseguimos controlar inúmeras doenças. No momento, nós estamos realizando a campanha de vacinação contra a covid-19 e a vacinação contra influenza. E, infelizmente, a procura por essas vacinas não está satisfatória. Em relação, principalmente às crianças, a procura está menor. Nós ainda não atingimos nem 50% das nossas crianças vacinadas contra a covid-19 e contra a gripe. Precisamos chamar a atenção desses pais para a responsabilidade de cumprir seu papel e cuidar da saúde de seus filhos”, reforçou.
Atualmente há 60.659 pessoas vacinadas contra a influenza em Valadares.
Riscos do esquema vacinal incompleto
Por fim, Márcia Cordeiro adverte que a falta de imunização pode trazer consequências negativas para toda a população que necessita de atendimento médico e não somente ao possível infectado por um vírus.
Afinal durante entrevista ao DRD, na manhã desta quarta-feira (20), a coordenadora citou que boa parte dos pacientes que têm lotado a Policlínica nos últimos dias, apresentam sintomas gripais que podem ser covid-19 ou influenza. “Temos as vacinas aí, como falamos, contra covid-19, gripe, são doenças sérias, que trazem consequências caso se agravem. Podem levar a internações, a óbito. Então vamos valorizar e manter a vacinação em dia, seja de rotina ou de campanha”, alerta.
Portanto para completar o esquema vacinal contra a covid-19 ou se vacinar contra a influenza, você pode ir até a unidade de saúde mais próxima, em seu bairro, ou à sala de vacinação da Policlínica, localizada na rua São João, nº 228, Centro.
