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Corpo de brasileira que morreu na fronteira é liberado para translado

A rondoniense e técnica em enfermagem Lenilda Oliveira dos Santos, de 49 anos, morreu no início de setembro na fronteira do México com os Estados Unidos. De acordo com seus familiares, ela foi abandonada pelo grupo que fazia a travessia e, com fome e sede, “rastejou até morrer”. Mas as autoridades ainda não determinaram a causa da morte, que permanece sob investigação.

Mesmo assim, o corpo foi liberado. De acordo com um membro da família, nesta quarta-feira (20), o translado sairá de Ohio para Washington, DC. De lá, seguirá para São Paulo, levado pela American Airlines.

Após chegar ao Brasil, a Latam assumirá o translado e levará o corpo até Rondônia, estado de origem da brasileira.

A previsão de chegada do corpo de Lenilda a Porto Velho, capital rondoniense, é na tarde de sexta-feira, dia 22, e depois será levado para a cidade de Vale do Paraíso, onde residem os familiares da profissional de saúde.

O custo do traslado ficou em aproximadamente US$ 11 mil e será custeado com dinheiro arrecadado através de campanhas promovidas por amigos e parentes.

ENTENDA O CASO

O corpo da brasileira Lenilda Oliveira dos Santos, de 49 anos, foi encontrado no fim de um rastro que ficou marcado na areia do deserto, no Novo México, nos Estados Unidos. A técnica de enfermagem morreu enquanto tentava se rastejar em direção a uma pedra.

Lenilda atravessou ilegalmente a fronteira entre México e Estados Unidos. Ela viajava com alguns conhecidos de Vale do Paraíso, em Rondônia, onde morava antes de tentar a travessia. O grupo também estaria com um “coiote”. Durante a caminhada, Lenilda começou a ficar desidratada e não conseguiu continuar. Ela acabou abandonada pelos colegas e pelo “guia”.

Enquanto esteve sozinha, Lenilda enviou áudios para a família. Nas mensagens, ela tentava mostrar otimismo e acreditava que seus colegas voltariam para buscá-la, conforme prometeram. Mas sua voz demonstrava que estava debilitada. “Eu estou escondida. Manda ela trazer uma água para mim, porque não estou aguentando de sede”, diz em uma das mensagens.

Moizaniel Pereira de Oliveira, irmão de Lenilda, mora em Pittsburgh, na Pensilvânia, um estado situado no nordeste americano. Ele disse que era para lá que ela se dirigia. Se conseguisse chegar a Delming, no Novo México, ela seguiria de ônibus ao encontro do irmão.

Lenilda já tinha atravessado o deserto. Em 2003, ela, o ex-marido e Moizaniel entraram ilegalmente nos EUA e ficaram por quase dez anos, até retornarem ao Brasil. Moizaniel voltou à América do Norte em 2018, em busca de trabalho. Dessa vez, ele estava com o filho pequeno e a imigração acabou autorizando o ingresso dele legalmente.

Como Lenilda não tem filho pequeno, ela tentou repetir a travessia pelo deserto. Mas 18 anos depois da primeira experiência, a técnica de enfermagem já não tinha mais físico para suportar o calor do deserto. Brazilian Times

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