De acordo com o Ministério da Saúde, em 9 anos houve um aumento de mais de 50% nas internações de pessoas com menos de 40 anos
Sedentarismo, tabagismo e estresse formam o pacote que favorece o aparecimento de doenças cardiovasculares. É comum associarmos casos de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC) a idosos, porém problemas no coração têm sido cada vez mais recorrente em jovens, nos últimos anos.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2010 e 2019 houve um aumento de cerca de 59% nas internações de pessoas de até 39 anos por infarto e de 9% nas mortes. Os sinais de doenças cardiovasculares são dor no peito, abdome ou pescoço, falta de ar, mal-estar, fadiga e náusea. Mas a ausência desses indicadores dificulta o diagnóstico em jovens.
O médico cardiologista Alessandro Ferraz explica que “nos idosos nós temos uma coisa chamada circulação colateral, que se desenvolve durante os anos, coisa que não dá tempo nos jovens.”
O infarto é causado quando uma artéria é contraída ou obstruída, de forma parcial ou total. O músculo do coração precisa, constantemente, de sangue rico em oxigênio para manter o funcionamento adequado. Se algo impede esse fluxo, o coração tem suas atividades comprometidas.
Nos jovens, a doença é mais perigosa. O cardiologista ressalta que “o infarto nos jovens é mais fatal porque [um coágulo] causa um trombo e entope a artéria, levando a um infarto, chamado infarto com supra, que é mais fatal que o infarto sem supra.”
Mas para prevenir problemas no coração, mudanças no estilo de vida já ajudam bastante. Praticar atividades físicas, não fumar e evitar estresse evitam doenças graves no coração. Além disso, o médico recomenda que “dos 30 anos em diante deve-se procurar um médico para tentar detectar doenças coronarianas, maior causa de morte no mundo.”
Confira a reportagem completa feita pela TV Leste.