O nome em inglês pode até dificultar na hora de falar, mas entre os comerciantes e clientes existe um idioma que todos falam muito bem, o da promoção. A Black Friday chega à 11ª edição de realização no Brasil no dia 26, e a cada ano que passa se consolida como uma grande data para o varejo.
O dia de promoções, na última sexta-feira de novembro, entrou de vez para o calendário do brasileiro. É o que mostra um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Conforme os dados, 57% dos consumidores pretendem fazer compras na Black Friday. A pesquisa aponta ainda que 70% dos consumidores acham esta uma boa hora para comprar itens que precisam a um preço mais baixo. Tem também quem já pretende aproveitar o preço para antecipar as compras de Natal.
A projeção para 2021 é de que as vendas superem as dos anos anteriores. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Black Friday de número onze deve movimentar cerca de R$ 377 milhões em Minas Gerais, e o otimismo de 45% dos empresários mineiros se junta a essa expectativa, pois eles acreditam no aumento no volume de venda em até 25%.
A data tem uma missão muito difícil: abrir bem as vendas de final de ano e oferecer muito mais do que promoções para inglês ver, em um ano de alta inflação. “Ao todo, 45,2% dos empresários esperam que as ações proporcionem um ganho nas vendas próximo de 25% em relação ao volume rotineiro. No entanto, alguns fatores, como a crise econômica e o baixo fluxo no comércio (40,5%), o desemprego, a falta de dinheiro (25,9%) e a escassez de capital para investir (20,7%) podem impactar nos resultados para a Black Friday”, explica o economista-chefe da Fecomércio-MG, Guilherme Almeida.
Os empresários, que já estão de olho nas oportunidades que a Black Friday oferece, sabem da importância de investir nas vendas híbridas (online e na loja física), como forma de apresentar maiores possibilidades de compra, e quem sabe falar a língua dos clientes. “O período movimenta atividades e proporciona a integração dos ambientes físicos e on-line. Não à toa, neste ano, 11,2% dos empresários pretendem realizar vendas on-line para a data, o que requer atenção especial aos canais de atendimento”, pontua Almeida.
