Batalhão da PM de Guanhães faz ações para combater violência doméstica e crime organizado na região

Comandante do 65º BPM, Paulo Henrique, detalhou a ação dos militares ao longo deste ano

O Batalhão da Polícia Militar de Guanhães está empenhado no combate à criminalidade e violência nas 26 cidades de cobertura. O 65º BPM desenvolveu, neste ano, simulação de ação dos crimes organizados, seminários de prevenção à violência doméstica, além de aliar a tecnologia à vigilância da cidade. Segundo o comandante Paulo Henrique, do 65º BPM, a simulação de ação contra o crime organizado, da operação “Novo Cangaço”, foi feita em 18 cidades pequenas da região e tem como objetivo treinar, além dos militares, a própria comunidade para combater as ações das quadrilhas.

O comandante explica que o apoio da comunidade é fundamental. “As quadrilhas não atuam de pronto. Elas se instalam na cidade por alguns dias. E é a comunidade quem observa essa movimentação e aciona a Polícia Militar”. Ainda segundo ele, as quadrilhas sitiam as cidades, atentam contra a Delegacia e agências bancárias, por isso as prioridades dos simulados foram aquelas cidades com esses alvos.

Os simulados da operação “Novo Cangaço” aconteceram ao longo de 2021, durante o dia, para envolver a comunidade, e também durante a noite, por ser o horário de ação dos criminosos.

Violência contra a mulher

Em todas as delegacias há ocorrência de violência doméstica e, comumente, o agressor tem problemas com álcool ou drogas. No entanto, na região do 65º Batalhão, um relatório mostrou que, na maioria dos casos, a motivação das agressões é a possessividade dos homens.

O batalhão observou, também, que os agressores não têm histórico de violência, e essas ocorrências são difíceis de monitorar porque dependem de denúncia.

O comandante Paulo Henrique relata um caso em que o marido agrediu a mulher porque ela não havia preparado o almoço. No momento da prisão, o agressor alegou que era dever dele corrigir a esposa e que não havia feito nada de errado. Devido à recorrência desses crimes, o Batalhão promoveu ações para reverter.

Ao longo deste ano foram feitos 27 seminários de combate à violência doméstica, sendo um em cada cidade de abrangência do Batalhão e um regional. Essa ação levou mensagem às vítimas de que elas podem e devem denunciar seus agressores; para os agressores, a PM mostrou que agressões não são aceitáveis. O batalhão falou para os amigos e vizinhos que “em briga de marido e mulher se mete a colher, sim” e é obrigação deles denunciar casos de violência.

Os seminários também têm o intuito de criar redes de proteção de atuação em conjunto da PM, Polícia Civil, com delegado, para afastar o homem do lar. Depois, inicia-se o trabalho com o agressor, para que participe de reuniões com psicólogo e acabe com a cultura de posse.

Ao fim do seminário regional, o BPM recebeu a Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica. Essa patrulha não atende ocorrências, mas acompanha as vítimas de agressão. São feitos cerca de 15 acompanhamentos, para monitorar a situação das mulheres e garantir que o ciclo de violência se acabe.

Final de ano

Para as operações de final de ano, a PM se prepara para o aumento de furtos. O 65º Batalhão desenvolveu um projeto de aliar a tecnologia à vigilância. A PM faz videomonitoramento com as câmeras dos próprios comerciantes. Funciona assim: as imagens de câmeras externas das lojas são monitoradas pela central da PM. Dessa forma, os militares conseguem vigiar toda a área de comércio da cidade e prender autores de furto.

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