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Banqueiro Guillermo Lasso vence aliado de Correa e é eleito no 2º turno no Equador

SYLVIA COLOMBO / BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – “La tercera es la vencida” (a terceira é a vencida) é uma expressão bastante conhecida nos países de língua espanhola. Na noite desse domingo (11), no Equador, ela pode ser usada para definir a trajetória política do centro-direitista Guillermo Lasso, 65.

Depois de concorrer à Presidência de seu país em duas ocasiões, por fim o banqueiro e ex-diretor-executivo da Coca-Cola venceu a eleição, colocando um freio à tentativa do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) de voltar ao poder -ainda que por meio de um apadrinhado, o economista de esquerda Andrés Arauz.

Com 97,9% das urnas apuradas, Lasso tinha 52,5%, ante 47,5% de Arauz, que admitiu a derrota. “Seguirei servindo o povo equatoriano”, disse ele. O derrotado afirmou ainda que será “uma oposição séria e democrática”.

Já o vencedor agradeceu a Deus e à família. “Hoje podemos todos dormir em paz”, afirmou.

Desde o primeiro turno, quando chegou atrás de Arauz, Lasso adotou uma linguagem mais moderna em sua comunicação, concentrou-se no eleitor mais jovem e se afastou do seu nicho original -o meio empresarial e os anti-correístas de centro-direita.

Em entrevista à Folha, depois do primeiro turno, afirmou: “Eu ouvi as urnas no último dia 7 de fevereiro e vi que a preocupação dos equatorianos, principalmente dos jovens, com relação a assuntos relacionados ao meio ambiente e aos direitos da comunidade LGBT, é muito grande. E, portanto, como candidato no segundo turno, é meu dever incorporá-los”.
Na mesma ocasião, respondendo à pergunta sobre como seria sua relação com os países em que a esquerda.

recentemente voltou ao poder, afirmou que “todo líder da região será tratado com igual respeito. As minhas preferências pessoais deixam de existir se passo a exercer essa função”.

RESULTADO DA ELEIÇÃO NO EQUADOR*

52,5% dos votos foram conquistados por Guillermo Lasso, vencedor do pleito
47,5% foi a fatia obtida por Andrés Arauz
* com 97,9% das urnas apuradas

Esquerdista lidera boca de urna no Peru

Em uma disputa que chegou ao dia da votação nesse domingo (11) sem candidato favorito definido, a primeira pesquisa de boca de urna da eleição presidencial no Peru mostra uma diferença mínima entre os primeiros colocados.

O esquerdista Pedro Castillo lidera o levantamento do Instituto Ipsos, divulgado às 23h locais (1h da manhã em Brasília), com 18.6% dos votos. Na sequência vem a direitista Keiko Fujimori, com 14.5%, indicando um possível segundo turno entre os dois candidatos.

A presença de Castillo entre os primeiros lugares é uma novidade das últimas semanas nas pesquisas do Peru, quando sua candidatura ganhou força com o desgaste da imagem dos primeiros colocados.

Em pesquisa divulgada às 19h (21h em Brasília) apareciam também economista Hernando de Soto, com 11,9%, e o esquerdista Yohny Lescano, com 11%.

Na manhã deste domingo, antes de irem votar, os candidatos mantiveram uma tradição eleitoral e organizaram generosos cafés da manhã a seus apoiadores, família e a alguns jornalistas, enquanto o Peru vive uma alta de casos de coronavírus.

Neste ano, os eventos foram em geral menores e ao ar livre. Os “desayunos” eleitorais servem para combinar as últimas estratégias e estimular o voto por meio de mensagens -um movimento importante especialmente neste pleito em que levantamento do Ipsos aponta que as opções de anular o voto e a de não comparecer às urnas somam 30%.

A candidata de esquerda Veronika Mendoza foi uma das que mantiveram a prática, com um grupo menor, no quintal da casa de seu pai em Andahuaylillas, na região andina, perto de Cusco. Nas redes sociais, Mendoza pediu que “todos votem com muita precaução e serenidade e acreditem que uma transformação é possível”.

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