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Autoridades identificam três “crianças de aluguel” entre brasileirinhos deportados dos EUA

Das 90 crianças brasileiras que foram deportadas dos Estados Unidos na semana passada, três não eram parentes de ninguém que estava no avião. As autoridades suspeitam que elas tenham sido “alugadas” para se passar por filhos de falsas famílias, em um esquema criminoso para a entrada ilegal em solo norte-americano.

De acordo com informações divulgadas pela Polícia Federal do Brasil, foi realizado uma triagem nas 90 crianças para verificar se elas pertenciam a famílias falsas e foi descoberto a existência de três que não tinham vínculo com ninguém, configurando tráfico de menores.

O Delegado federal, Guilherme Helmer, garantiu que todos os fatos estão sendo investigados. Ele não soube informar o estado de origem dessas crianças.

No Brasil, a pena para criminosos que cometem tráfico de pessoas depende da quantidade de vítimas que esses criminosos fazem e as condições. “O tráfico de pessoas pode chegar até dois anos de reclusão, com um aumento de pena de 1/3, caso haja violência”, disse o delegado.

Ele acrescentou que se houver uma criança envolvida, o acusado pode pegar até seis anos de prisão e se houver violência, a pena pode passar para até oito. “Se faz isso com várias vítimas, a pena pode ser altíssima”, completou.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) disse que acompanha com atenção os desdobramentos que envolvem os voos de repatriação de cidadãos brasileiros detidos por imigração irregular nos Estados Unidos. “A realização de tais voos tem como objetivo primário reduzir, para os cidadãos brasileiros, o tempo de permanência em centros de detenção nos Estados Unidos”, diz.

Em dezembro, o jornal Brazilian Times mostrou a preocupação das autoridades norte-americanas com o aumento da imigração ilegal do Brasil para os Estados Unidos, bem como o uso frequente de famílias falsas para atravessar a fronteira.

Os dois governos se uniram e começaram a investigar o esquema. As investigações mostraram que para fugir de uma fiscalização mais rigorosa durante a travessia, os contrabandistas mudaram de estratégia e passaram a orientar os brasileiros a irem para a fronteira com “famílias falsas”. Isso porque regulamentação dos Estados Unidos aponta que famílias com mulheres grávidas ou acompanhadas de menores de idade que tentam entrar ilegalmente no país devem responder ao processo de deportação em liberdade, em solo norte-americano.

Através deste esquema, os coiotes emprestam crianças e até mulheres para serem usadas como parentes durante a travessia. Eles falsificam toda a documentação e fazem com que estas pessoas pareçam realmente uma família.

Através da parceria entre os dois países, também se estuda uma maneira de identificar documentos falsos e assim impedir que as falsas famílias continuem a entrar nos EUA. Brazilian Times

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