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Após manifestação de policiais, ALMG suspende votação de reforma

Proposta de reforma da previdência vinha sofrendo uma série de críticas de diferentes categorias do funcionalismo público estadual

No fim da tarde dessa quarta-feira (8), o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Agostinho Patrus (PV), anunciou a suspensão temporária da votação da reforma da previdência. O debate estava previsto para ocorrer na próxima semana. De acordo com a ALMG, o adiamento da votação, que agora deverá ocorrer em agosto, visa dar mais tempo para ouvir as instituições representativas de classe.

Na oportunidade, a Assembleia também anunciou que fará um seminário por meio remoto, entre os dias 14 e 16 de julho, sobre a reforma previdenciária. A participação será aberta à representação sindical de todas as categorias de servidores estaduais afetadas pelas mudanças propostas.

Anúncio ocorreu no mesmo dia em que policiais civis se manifestaram na ALMG

O anúncio de adiamento da votação ocorreu depois de mais uma manifestação de classe na ALMG. Desta vez, foram os policiais civis, organizados pelo Sindipol/MG (Sindicato dos Policiais Civis de Minas Gerais), que se dirigiram até a Assembleia para conversar com deputados e protestar contra as propostas. A manifestação, que envolveu outras entidades de classe e agentes da segurança pública, aconteceu na manhã dessa quarta-feira (8), em frente à ALMG.

policiais se manifestam contra reforma
Foto: Sindipol/MG

De acordo com o investigador da Polícia Civil e Diretor Seccional do Sindipol em Governador Valadares, José Renato Machado, não se trata apenas das questões previdenciárias, mas também de questões estruturais da polícia. “É um projeto drástico para a instituição, e não afeta só nós policiais civis, mas toda a população mineira”, afirma o investigador. Ainda de acordo com ele, o momento de pandemia é uma agravante, somado ao fato de que as categorias não foram chamadas para discutir, e de que a sociedade não está informada.

O Sindipol tem chamado a reforma de “pacote de maldades”, em consonância com o Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), que havia classificado o projeto como “o maior ataque ao serviço público de Minas Gerais“. O Sindipol afirmou que esta manifestação é apenas o começo, e não descartou paralisações pontuais nas atividades da PC em todas as unidades de Minas.

Reivindicações do Sindipol

De acordo com José Renato Machado, um dos principais problemas da reforma, a título de exemplo, é o envelhecimento do quadro da Polícia Civil. “Os policiais teriam que trabalhar até 65 a 68 anos para se aposentar. Nesta idade, já não estarão dispondo dos reflexos necessários para uma atividade de risco, como é a de um policial civil”, destaca.

Além disso, o investigador destaca as alíquotas propostas. De acordo com ele, são ainda mais drásticas do que o que foi aprovado em âmbito federal, que começam a partir de 7%. Na proposta da reforma estadual, elas começariam em 13%. Com isso, ele afirma que em alguns casos os policiais civis poderiam ter até 40% do salário descontado.

Sindipol anunciou a decisão da ALMG e falou sobre a importância das mobilizações

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