Presidente do Senado, Davi Alcolumbre reclama do pouco tempo para análise de projetos
Repulsa geral revogou o Fundão Sem Vergonha
O acordo dos líderes no Senado, nesta terça (17), jogando no lixo a minirreforma eleitoral aprovada na Câmara, resultou da impressionante pressão da opinião pública, incluindo a avalanche de críticas nas redes sociais. Diante da repulsa geral, os senadores desistiram de comprar briga em defesa do Fundão Sem Vergonha. O acordo preserva o Fundo Eleitoral de R$ 1,7 bilhão, mesmo valor da eleição de 2018.
Bom senso de volta
Diante da rebordosa, até Rodrigo Maia, que deixou prosperar o Fundão na Câmara, virou um crítico do aumento do valor para R$ 3,7 bilhões.
Salvando o bilhão
Se não houvesse o acordo de líderes no Senado, o projeto aprovado da Câmara seria rejeitado, incluindo o Fundão de R$ 1,7 bilhão.
Musa da resistência
Presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS) foi uma gigante contra o Fundão Sem Vergonha. Não aceitou análise do texto “a toque de caixa”.
Contra o Fundão
Senadores bateram o bumbo, como Jorge Kajuru e Leila Barros (DF), do PSB, Alessandro Vieira (SE) e Eliziane Gama (MA), do Cidadania.
Teve assinaturas ‘fake’ na CPMI das Fake News
Podem ser “fake” (ou falsas) três das 48 assinaturas de senadores e cinco das 274 assinaturas de deputados em apoio à CPMI das Fake News. É que a Secretaria Legislativa do Congresso, que verificou a autenticidade das assinaturas no dia 5 de junho, não reconheceu oito de senadores e deputados. Há dez assinaturas repetidas de senadores e 32 de deputados. No Congresso, ninguém explica o que houve.
Senadores não verificados
Não foram confirmadas assinaturas dos senadores Vanderlei Cardoso (PP-GO), José Maranhão (MDB-PB) e Styvenson Valentim (Pode-RN).
Deputados também
Paulo Ramos (PDT-RJ), Dr. Jaziel (PL-CE), Boca Aberta (Pros-PR), Aline Gurgel (PRB-AP) e Abílio Santana (PL-BA) não conferem.
Pré-requisitos
Para ser criada no Congresso, uma CPI mista precisa do apoio de 27 senadores e 171 deputados. Esse mínimo foi atingido.
Tudo bem com ele
Na capital dos boatos, ontem, os “problemas de saúde” do general e ministro Augusto Heleno (Segurança Institucional) viraram piada de fim de tarde. Ele terminou o dia como começou: muito bem.
Abaixo a patifaria
A democracia aceita tudo, até que atentem contra os seus princípios. A lei e a decência são irmãs siamesas, por isso não se poderia tolerar o Fundão Sem Vergonha. Democracia não rima com patifaria.
A excrescência
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) aponta a “excrescência” no Fundão Sem Vergonha: aumentaria o dinheiro público para a eleição de 2020, de R$ 3 bilhões, e criaria a “legislação amiga na hora de prestar contas”.
Pratos cheios
O presidente avalia manter em “banho-maria” a indicação de Eduardo Bolsonaro como embaixador em Washington até ter a certeza de que esse assunto não vai atrapalhar a pauta de reformas no Congresso.
O capital se afasta
Para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, há “um problema estrutural da economia brasileira, de falta de produtividade, de serviços públicos ineficientes, caros, que afastam o capital privado do País”.
O que é pior?
Alexandre Frota (PSDB-SP) disse que a “briga entre partidos paralisa a Ancine, após anos de domínio do PCdoB”. E afirmou “já não saber o que é pior: ficar nas mãos do PCdoB ou nas mãos do Bolsonaro.”
Vale lembrar
O repasse de R$ 1 bilhão à Amazônia e R$ 1,6 bilhão à Educação saem do acordo da Petrobras com o Departamento de Justiça dos EUA. É a grana que quase virou “fundo” gerido pelo Ministério Público Federal.
Fala como sempre falou
Sobre a pesquisa que avaliou a comunicação do presidente, o leitor Antônio Pereira disse que as declarações de Jair Bolsonaro o ajudam muito. “Votei nele porque já falava assim como candidato, agora fala como presidente. Lula e Dilma falavam pior e muitas mentiras”, disse.
Pensando bem…
…quem tem fundo partidário e eleitoral não precisa mais de empreiteira.