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Você quer ser uma mãe real ou uma mãe perfeita?

FOTO: Freepik

Certamente você já ouviu a frase “quando nasce uma mãe, nasce a culpa”. A frase se popularizou nos últimos anos graças à chamada “culpa materna”. É improvável uma mulher que desconheça a sensação da culpa em relação a algo que fez ou deixou de fazer pelos filhos.

A pesquisa “Parentalidade Real”, feita pela Huggies em parceria com o Instituto On the Go, mostra que 51% das mães brasileiras de crianças sentem culpa durante a maternidade. Em grande parte, acham que poderiam fazer mais por elas.

Segundo a psicóloga Elizabeth Dias, essa forma de pensar é um comportamento natural e comum, mas prejudicial.

“A culpa está muito presente nos relatos das mães, assim como a autocobrança, e isso tem relação com fatores culturais, históricos e sociais. As próprias mulheres, a família e a sociedade cobram da mulher mãe o inatingível, e quando as expectativas não são alcançadas, surgem a culpa, as frustrações e inseguranças. As idealizações relacionadas à maternidade podem ser prejudiciais à saúde emocional da mulher e podem se tornar, sim, fatores desencadeantes para alguns transtornos, como a depressão”.

Apesar de ser um fator maior em mães de crianças na faixa de três anos, a culpa e as frustrações são muito presentes nas mães de filhos adolescentes e adultos, segundo a psicóloga.

“Ser mãe não garante o controle. Os filhos não nasceram para realizar as expectativas de seus pais. As mães, especialmente, nutrem grandes e românticas expectativas, porém, os filhos são pessoas e não extensões dos pais, e ao se desenvolverem e se tornarem independentes talvez façam escolhas totalmente diferentes, e isto não é porque suas mães falharam. Abrir mão da busca contínua pelo controle humaniza e torna mais leve a maternidade. É preciso aceitar que seu filho vai te frustrar e você também vai frustrar seu filho e isto é natural”.

A romantização da maternidade

Em entrevista ao DIÁRIO DO RIO DOCE, Elizabeth contou que a culpa tem relação com a romantização da maternidade. De acordo com ela, é preciso compreender que quando a mulher se torna mãe ela não recebe super poderes, a realidade não é romântica como aparece nas mídias e a mãe precisa de ajuda.

“A culpa tem relação com essa romantização. Veja bem… Quando uma mulher se torna mãe, um homem se torna pai e, assim como a mulher, o homem também precisa ser ativo e fazer seu papel, que vai além do financeiro”.

Como explicado pela psicóloga, a culpa tem relação com fatores culturais, históricos e sociais. Ela vem da ideia de que a mulher, a mãe, precisa ser perfeita em tudo na maternidade porque é uma tarefa exclusiva dela, e a mãe é cobrada pela família e pela sociedade a buscar ser perfeita.

Sabendo disso, uma forma de evitar pensamentos e frustrações é treinar o autocuidado e conversar com outras mulheres sobre os erros e acertos, afinal, a maternidade perfeita não existe e outras mães também terão o que contar.

“Para superar ou aprender a lidar com estes pensamentos a mulher precisa buscar o autoconhecimento, desenvolver a autocompaixão e fortalecer a autoestima. Você é uma mãe real ou uma mãe perfeita? Se abrir e conversar com outras mulheres, outras mães, pode ser uma forma de assim perceber com maior clareza a maternidade real, seus desafios e conquistas”.

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