Violência contra a mulher

Sebastião Arsênio*      

No dia 6 de dezembro comemora-se, no Brasil, o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.  Esta mobilização é uma iniciativa masculina e a data foi criada com o objetivo de conscientizar os homens sobre o dever de cada um em colaborar para o fim da discriminação e violência contra as mulheres.

Tudo começou com um movimento criado por um grupo de homens canadenses que lançou a Campanha do Laço Branco, com o objetivo de fomentar a igualdade de gêneros e uma nova visão da masculinidade.

Infelizmente, temos que reconhecer que, apesar dos avanços, a mulher continua sendo menosprezada, desrespeitada, aviltada em seu valor e dignidade, sendo vista, muitas vezes, como um ser inferior, desprovida de muitos privilégios dados, somente, aos homens.

No nosso dia a dia nos deparamos com inúmeros casos de agressão contra a mulher, desde as mais suaves e de fácil dissimulação até as mais contundentes e chocantes. Tapas, chutes, pescoções, pauladas, facadas e tiros fazem parte do cotidiano de muitas mulheres. De acordo com as estatísticas policiais, o espancamento atinge quatro mulheres por minuto no Brasil.

Nesse sentido, uma grande vitória a ser comemorada é a Lei Maria da Penha, promulgada em 7 de agosto de 2006, criada para coibir a violência doméstica e familiar contra mulher, tornando mais rigorosa a punição aos agressores.

A Bíblia é a favor da mulher e procura, sempre, realçar suas qualidades e valor. Em Gênesis 1: 27 lemos: “Criou, pois, Deus o homem, à sua imagem, à imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou”. Para Deus, o ser humano, coroa da sua criação, é homem e mulher. Ambos têm o mesmo valor, a mesma essência, a mesma dignidade, os mesmos privilégios. São diferentes por questões circunstanciais, em virtude dos propósitos específicos de Deus para cada um. A doutrina bíblica a respeito do homem e da mulher nunca inclui o conceito de superioridade ou inferioridade. As diferenças são funcionais e não essenciais.

Lamentavelmente, grande parte das mulheres sofre calada. Muitas vezes, o medo e a vergonha impedem que as vítimas denunciem seus agressores. É necessário que cada mulher tenha consciência de seu valor e, jamais, abra mão de sua dignidade aceitando ser tratada com desrespeito.

Se você, como mulher, faz parte da triste estatística segundo a qual a cada 15 segundos uma mulher é agredida por um homem no Brasil, denuncie. Somente com a punição dos agressores poderemos mudar essa realidade.

O mais importante é saber que Jesus é o libertador da mulher. Ele a valorizou e a dignificou. Que as mulheres aprendam a amar a Jesus e procurem dirigir suas vidas de acordo com os propósitos dele. Somente assim poderão ser felizes e abençoadas.

*Pastor da Igreja Batista da Esplanada em Governador Valadares

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