O objetivo da ampliação de tais vacinas é elevar o público prioritário, beneficiando assim um maior número de pessoas e, consequentemente, visando a redução de internações e óbitos decorrentes das doenças. “É importante destacar que o reforço da imunização contra a febre amarela aos 4 anos de idade ocorre devido ao fato de as crianças, aos 9 meses, não criarem anticorpos de forma tão intensa quanto os adultos ao receberem vacinas. Assim, a criança que tiver tomado a dose aos 9 meses e, posteriormente, aos 4 anos, estará completamente imunizada. O adulto que já tomou uma dose da vacina, por possuir maior capacidade de criação de anticorpos, não necessita de outra dose para ser considerado imunizado”, explica Janaína.
A necessidade ou não de doses de reforço de alguns imunobiológicos são fundamentados em estudos que avaliam a resposta do organismo, conforme a faixa etária e vacina. “O sistema imunológico das crianças está em formação até os dois anos, por isso a necessidade das vacinas após essa idade. Já para as crianças com mais de dois anos e adultos, como o sistema imunológico já está plenamente formado, responderá adequadamente às vacinas”, pontua a diretora.
A vacina contra a febre amarela para crianças de 4 anos fará parte do Calendário Nacional de Vacinação e a previsão é que esteja disponível em todas as salas de vacina do Estado a partir do dia 02/01/2020. Já a vacina contra a Influenza será oferecida durante o período de campanha, que deve ocorrer em abril de 2020.
Em Minas Gerais, a estimativa de crianças que deverão receber a dose de reforço para a febre amarela é de 261.657 indivíduos. Contra a gripe, a população de pessoas de 55 a 59 anos é de 932.781.
Eficácia das vacinas
As vacinas contra Influenza disponíveis no Brasil são feitas com vírus inativados, ou seja, mortos, e sem capacidade de causar a doença. “A vacina confere proteção em cerca de 70% dos casos.
Porém, ela atua diretamente na redução de internações e óbitos pela doença, que podem ocorrer após complicações da enfermidade, principalmente nos grupos de risco elencados para vacinação”, avalia a diretora. Já a vacina contra a febre amarela, a eficácia gira em torno de 95%.
