No fim da tarde de quarta-feira (11), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou por meio de nota que o projeto de lei sobre o reajuste salarial do funcionalismo público estadual seria sancionado parcialmente. A sanção parcial garante o reajuste somente aos profissionais da segurança pública, da forma que estava prevista no primeiro projeto de lei lançado pelo governador, e exclui categorias como a saúde e a educação.
Para o diretor regional do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação em Governador Valadares, Rafael Lima, o sentimento é de indignação. “Esse fato [veto], aliado ao desprezo do governador Zema pela negociação, o desrespeito repetido diversas vezes por ele e por seus secretários, tem aumentado a indignação da categoria, o que tem feito uma ampliação da greve, tanto em nível regional, como no conjunto das escolas”.
Na região de Governador Valadares, o número de escolas que estão em greve parcial subiu de 48, na semana passada, para 54 nesta semana. Aderiram à greve total, ainda, as escolas estaduais José Severino (Sobrália), São Geraldo do Baixio (São Geraldo do Baixio) e Sinhaninha Gonçalves (Coroaci).
O Sind-Ute vai realizar hoje (12) uma reunião no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, para discutir os próximos passos da greve. De acordo com o sindicato, a previsão é que o movimento seja ampliado.
“O próximo passo é disputar a derrubada de veto com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Além disso, é necessária também uma firme ação para impedir que o governo apresente os projetos de congelamento de salários e de retirada de direitos previdenciários”, destaca Rafael Lima.