O desafio é construir cidades inteligentes. Está aberta a temporada do Torneio de Robótica

Ideias criativas para solucionar grandes problemas das cidades estarão reunidos em uma só competição: o Torneio Sesi de Robótica etapa regional. Nos dias 15 e 16 de fevereiro, a Escola Sesi Alvimar Carneiro de Rezende, em Contagem, receberá jovens de 9 a 16 anos, reunindo 350 participantes, entre competidores e técnicos. Ao todo, são 36 equipes de escolas públicas e particulares, sendo que 25 são times formados por alunos do Sesi MG. Uma das equipes é de Valadares.

Na temporada 2020, batizada de “City Shaper”, os grupos competidores deverão utilizar a robótica para encontrar soluções que ajudem a construir cidades cada vez melhores para as gerações futuras. A ideia é explorar a inteligência, expertise e criatividade dos estudantes.

O Sesi é o operador oficial do Torneio de Robótica, em parceria com a instituição norte-americana FIRST e o Grupo LEGO Education (Dinamarca), cuja metodologia de ensino é aplicada tanto nas aulas de robótica quanto de forma multidisciplinar.

O ensino da robótica é trabalhado já nos anos iniciais na Rede Sesi. Os pequeninos exploram em grupos as construções, que envolvem engrenagens, eixos, ângulos, dentre outros conceitos que já aprendem desde cedo de forma lúdica. A partir dos 8 anos, iniciam as noções de programação, sensores e motores.

O estudo da robótica traz diversos benefícios no desenvolvimento educacional, aumentando o interesse e a criatividade dos alunos, e é um dos diferenciais das escolas Sesi MG.

Para a gerente do Sesi/Senai em Governador Valadares, Jacqueline Iamin Coelho, a robótica educacional é uma das ferramentas que o Sesi utiliza de preparar o aluno para a vida, para o mundo profissional e para o futuro. “A robótica é uma das atividades desenvolvidas na Escola Sesi, que trabalha nos alunos a criatividade e o raciocínio lógico, desafiando-os a todo instante a levantar hipóteses, explorar ideias e criar possibilidades de soluções para as missões e desafios apresentados”, concluiu.

Equipe Valadarense

Uma das equipes competidoras é de Valadares, composta por 6 alunos do SESI: Antônio Neves, Gabriel Cruzati, Guilherme Vendramine, Lara Oliveira, Julia Leite e Luiz Fernando.

A equipe, conhecida como “Turma do Bob”, está sob a coordenação do Técnico de Informática do Sesi, Thulyo Menezes de Barros, acompanhado do professor de Matemática, Douglas Miguel. No ano passado eles foram classificados em 1º lugar no Design do Robô – Programação.

Durante os últimos meses, os alunos desenvolveram diversas estratégias por meio do LEGO e da Robótica, pensando estratégias e criando programações para que o robô cumpra todas as missões e desafios propostos. A expectativa é de que a equipe esteja novamente no quadro das campeãs do torneio.

Além da missão do robô, a equipe precisa apresentar um projeto de estudo, que nesta edição está baseado em duas perguntas: “como os resíduos da comunicação ultrapassada pode gerar receita ao invés de custos?” e “como os produtos de hoje podem se tornar recursos de amanhã?”.

Sendo assim, a proposta que será apresentada neste torneio é o reaproveitamento das campanas dos telefones públicos, os famosos orelhões, afinal, com a evolução da tecnologia e dos smartphones, o uso do orelhão está quase que inexistente.

Agora é preciso pensar projetos mais sustentáveis, afinal, por ser feita de fibra de vidro, as campanas dos telefones públicos não são reaproveitáveis, o que inviabiliza os custos e ainda contribui com a poluição ambiental e o descarte fica cada vez mais difícil, sendo comum o aterro das campanas que não possuem manutenção ou não aceitam reparos.

Sendo assim, a Turma do Bob propõe o reaproveitamento dos orelhões, transformando-os em lixeiras, cadeiras, balanços, dentre outros, afinal, são mais de 40 mil orelhões retirados só na região de Valadares e que estão à espera de ser transformados e reaproveitados.

Esse projeto tem como base a Economia Circular, criando maneiras de reduzir o acúmulo das campanas dos orelhões, minimizar o custo com armazenagem e processos logísticos para aterro, além de gerar renda e dar nova vida útil aos materiais.

A competição

Criada em 1998 pela FIRST – uma organização não governamental – em parceria com o Grupo LEGO, a competição propõe que estudantes sejam apresentados ao mundo da ciência e da tecnologia de forma divertida, por meio da construção e programação de robôs feitos inteiramente com peças da tecnologia LEGO. No Brasil, desde 2013, o Sesi é a instituição responsável pela organização do torneio (etapas regionais e nacional).

Em cada torneio, os estudantes precisam realizar quatro tarefas. Uma delas é o Desafio do Robô, quando os estudantes colocam os robôs de LEGO para cumprir determinadas missões. Para realizar as tarefas, o robô pode capturar, transportar, ativar ou entregar objetos na mesa de competição. Tudo de forma lúdica, simulando situações reais. As equipes têm direito a três rounds, de 2 minutos e 30 segundos cada, para execução.

Os robôs, projetados e construídos pelos próprios alunos, também são avaliados na categoria Design do Robô. Os times podem utilizar sensores de movimento, cor, toque, controladores e motores. Os juízes levam tudo isso em consideração, além da estratégia e programação.

Conta pontos ainda o Projeto de Pesquisa com uma solução inovadora sobre o desafio da temporada. A solução é apresentada para os outros competidores e o público visitante nos torneios, e será avaliada pelos juízes. Por fim, na categoria Core Values, os estudantes precisam mostrar que sabem trabalhar em equipe. (Assessoria Sesi)

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