Supermercado pagará R$ 20 milhões em indenização por mortes

Os jovens foram flagrados roubando comida por seguranças do supermercado. Ao invés de chamar a PM, eles os entregaram para traficantes, que mataram a dupla
FOTO: Divulgação

BRASÍLIA – A Defensoria Pública da União (DPU) informou, nessa terça-feira (19), que a rede de supermercados Atakarejo vai pagar indenização de R$ 20 milhões em danos morais coletivos pela morte de dois jovens negros, em 2021.

Dessa forma, a empresa e outras instituições assinaram um acordo judicial nessa segunda-feira (18).

No total, serão 36 parcelas fixas. A primeira, aliás, será em meados de outubro. A quantia, no entanto, irá para o Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), para custear ações de combate ao racismo estrutural.

Além disso a rede também deverá adotar medidas de combate ao racismo. O acordo contém 41 cláusulas, entre elas, o comprometimento da empresa em aumentar o número de trabalhadores negros. Também deverá manter canal ativo para receber denúncias, além da proibição de contratar pessoas condenadas por crimes praticados com violência física para realizar a segurança dos estabelecimentos.

De acordo com a DPU, o acordo não suspende demais processos contra a empresa, como indenizações para a família das vítimas.

Relembre o caso

Em abril de 2021, seguranças do supermercado flagraram Bruno Barros, de 29 anos, e Yan Barros, de 19 anos, tio e sobrinho respectivamente, furtando pacotes de carne na unidade da rede localizada no bairro Nordeste de Amaralina, em Salvador, e entregaram os jovens para traficantes que atuam na região.

Os integrantes de uma facção criminosa os torturaram e mataram. A polícia encontrou os corpos dos jovens no porta-malas de um carro. Pela “lei do tráfico”, não são permitidos crimes na região para evitar a presença da polícia.

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