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Solidariedade: projeto produz máscaras e distribui de graça para quem precisa

Artesã Ivone Lana faz parte do projeto Eu Faço Pra Você, que doa máscaras para pessoas com imunidade baixa

Em meio à pandemia da Covid-19, que desestabilizou o mundo, nos últimos meses, não tem faltado ações de solidariedade. Afinal, como várias publicações nas redes sociais têm destacado, “ainda que separados, estamos todos juntos nesta”. Este também é o pensamento da professora e artesã Ivone Lana, que está produzindo e distribuindo máscaras para profissionais da saúde e pessoas do grupo de risco para Covid-19, tudo de forma gratuita. “A princípio a ideia era fazer para os vizinhos e para o pessoal da saúde mas toda hora aparece alguém procurando”, conta.

Ivone Lana

Ivone é de Capitão Andrade, cidade com pouco mais de cinco mil habitantes, que fica a 40 quilômetros de Governador Valadares. A cidade é pequena, no entanto não impede que o alcance do trabalho seja grande: a produção de máscaras não começou agora, com o coronavírus. A artesã faz parte do projeto Eu Faço Pra Você, e já produziu mais de três mil máscaras.

Ao lado de outras ajudantes em Capitão Andrade, Ivone entregou máscaras em Governador Valadares, Ipatinga e Belo Horizonte. “É tão bom quando a gente acha alguém que demonstra um carinho assim, um cuidado com o outro. Por que não fazer a nossa parte também?”, questiona.

Projeto Eu Faço Pra Você

Ivone conta que conheceu o Eu Faço Pra Você por uma rede social. “Um dia eu estava navegando e vi uma foto da máscara. Eu achei interessante, porque eu gosto de olhar essas coisas de artesanato, e fui ler o que estava escrito. E era a Andreia Mesti, que tinha feito para uma amiga dela que estava com câncer. Ela precisava viajar, e a imunidade dela tava muito baixa. Então ela fez uma máscara bonitinha, coloridinha pra ela usar. E daí surgiu o projeto Eu Faço Pra Você. Isso já tem mais de dois anos, e já são mais de três mil voluntários no mundo todo, Canadá, Japão; não é mais só no Brasil”, explica.

Sara Gomes da Silva, de 9 anos, é paciente do Hospital da Baleia e faz tratamento de Leucemia (LLA) desde de outubro de 2017

Ela conta que achou a ideia muito interessante, e resolveu aderir. “Eu procurei logo o Hospital Samaritano e a Asapac (Associação de Amparo a Pacientes com Câncer), em Valadares, e eles disseram que eu podia levar as doações; e eu comecei a fazer. No início, era pra ser 150 máscaras. Mas eu fui fazendo, foram aparecendo voluntários, doações, e agora nós já fizemos mais de três mil”.

Além de Valadares e Ipatinga, o grupo de voluntários já chegou a levar máscaras até em Belo Horizonte, no Hospital da Baleia, onde foram doadas para pacientes em tratamento de câncer. A visita ao hospital só serviu para motivar ainda mais a idealizadora.

“Quando eu cheguei lá e vi aqueles meninos pequenininhos, sem cabelo, mas com aquela alegria no rosto… A gente reclama de tanta coisa na vida, e tem tanta gente que tá passando por situação muito pior e tá feliz. A gente tem que agradecer a Deus pelo que sabe fazer, passar pra frente as coisas boas. Não precisa ser muito, mas se cada um fizer um pouquinho, um gesto pequenininho, ajuda muito”, destaca Ivone.

Confecção é feita apenas com materiais doados

Tanto as máscaras do Eu Faço Pra Você quanto as que estão sendo doadas durante a pandemia da Covid-19 são totalmente gratuitas. Elas são feitas com material doado e trabalho voluntário. “É assim, quem quiser ajudar, pode vir. Às vezes a pessoa fala ‘ah, eu não sei costurar’, mas você pode dobrar, passar, cortar, embalar”.

As máscaras são feitas com popeline ou tricoline, tecidos 100% algodão. Já o forro é de percal 180 fios, mesmo material que é usado na fabricação de lençóis. Além disso, a confecção ainda precisa de linha, elástico, etiquetas e saquinhos para embalagem.

“Eu deixo meu apelo, né. Quem puder ajudar, mesmo que seja com pouco. E quem quiser fazer parte do projeto, é só procurar a página nas redes sociais. Eu não sei se já existe iniciativa assim em Valadares, acredito que não, mas é uma boa oportunidade pra quem quiser começar”, ressalta Ivone.

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