Sindicatos são contra o retorno das aulas presenciais nas escolas em Valadares

O Sindicato dos Servidores Municipais de Governador Valadares (Sinsem/GV), o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro MG ), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte-GV), o Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar do Nordeste Mineiro (Saaene) e outras entidades ligadas aos profissionais da educação se uniram contra o retorno das aulas presenciais sem que a população esteja vacinada contra a Covid-19.

As atividades escolares na rede municipal de Valadares já começaram pela plataforma on-line, porém a volta dos alunos às salas de aulas está prevista para acontecer no dia 22 de março.

Já o retorno das aulas nas escolas estaduais está prevista para acontecer na próxima segunda-feira (8), a princípio ainda restrita ao modelo remoto, em razão de decisão judicial em caráter liminar que impede o retorno de forma presencial. Nas escolas privadas o retorno já aconteceu no dia 18 de fevereiro.

Nesta segunda-feira (1º), entidades ligadas aos profissionais da educação de Valadares se reuniram com educadores do município para discutir e avaliar as condições sanitárias das instituições de ensino do município, para definir se é seguro ou não o retorno presencial nas escolas.

Sinpro MG entra na Justiça contra retorno presencial nas escolas privadas de Valadares

O Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro) entrou com ação na Justiça para impedir a volta das aulas presenciais nas escolas da rede privada em Governador Valadares. O sindicato só defende a volta das atividades presenciais após uma vacinação em massa em todo o Estado.

Para Hélcia Quintão, diretora do Sinpro GV, a volta às aulas é uma questão complexa e precisava antes ser amplamente debatida. “Tivemos uma reunião com a prefeitura na sexta-feira (26) para falar sobre o retorno das aulas presenciais e eles disseram que dariam retorno nesta semana”, disse.

Hélcia contestou a atitude de algumas prefeituras mineiras em oficializar através de decretos o retorno das aulas presenciais nas redes publicas de ensino. “Nós temos uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), de outubro, que impede o retorno das aulas presenciais, e as prefeituras de algumas cidades, inclusive Valadares, ignorando essa liminar soltaram decretos liberando o retorno das aulas presencias na rede privada. Portanto, nesse sentido estamos novamente acionando a Justiça e a Defensoria Pública devido a esse descumprimento da liminar”, disse.

A presidente do Sinpro MG, Valéria Morato, diz que nenhuma escola tem estrutura para cumprir com as normas de distanciamento social de alunos e professores. “A escola é um espaço de convivência, de socialização, de contato. Só quem nunca pisou numa sala de aula acha possível o cumprimento das normas sanitárias de distanciamento. Ademais, um enorme número de escolas não tem estrutura física de cantina, de ventilação, de espaço externo. Estamos há 40 dias com mais de mil mortos por dia. Não é possível que isso seja normalizado, naturalizado. A nossa defesa é pelas aulas presenciais sempre. Mas esse momento de guerra nos requer proteção para continuarmos vivos”, defendeu.

Presidente da Sinpro MG, Hélcia Quintão repudia volta às aulas presenciais em escolas mineiras.

Sind-UTE/MG também desaprova retorno presencial das aulas na rede estadual de educação

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) já havia se manifestado contra o retorno presencial e solicitado mais investimentos nas aulas remotas. A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, professora Denise Romano, classificou o retorno presencial de alunos e professores como medida “irresponsável” do Governo. “Retornar com as aulas presenciais sem que as escolas tenham condições e sem a ampla vacinação de toda a população é uma medida irresponsável, que coloca em risco a vida das pessoas”, disse a professora.

“Volta às aulas só com vacina”, defende Sinsem

O Sindicato dos Servidores Municipais de Governador Valadares (Sinsem/GV), o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas ), o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe-Seção GV), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte-GV), o Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar do Nordeste Mineiro (Saaene) e outras entidades ligadas aos profissionais da educação de Governador Valadares discutiram o retorno às aulas presenciais em Valadares e definiram as ações que serão desenvolvidas para preservar a segurança de educadores e estudantes. Entre elas, a formação de uma comissão.

Sisemm GV se manifestou nas redes sociais sobre o retorno das aulas em Valadares.

“Bom ressaltar que as entidades sindicais não estão contra o retorno ao trabalho presencial dos servidores da educação, muito pelo contrário, mas temos que retornar as aulas presenciais com segurança”, diz o Sinsem.

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