Seis prefeitos mineiros renunciaram ao cargo nos meses de março e abril de 2020

Os prefeitos dos municípios de Bom Despacho, Coimbra, José Raydan, Matias Barbosa, Monte Carmelo e Varginha – todos municípios afiliados à Associação Mineira de Municípios (AMM) –  renunciaram ao cargo nestes meses de março e abril de 2020. Motivos pessoais, problemas de saúde, as graves crises e a burocracia intensa, enfrentadas na gestão pública brasileira, estiveram no centro das questões que motivaram os pedidos de renúncia aos cargos de gestores públicos municipais de Minas Gerais.

Por trabalhar diariamente os problemas dos municípios mineiros, a AMM conhece o momento estressante pelo qual passou os prefeitos nesses últimos três anos. Queda de barragens, fortes chuvas, confisco de recursos municipais pelo Governo do Estado e, agora, a pandemia do coronavírus estão entre as duras realidades enfrentadas pelos atuais gestores.

Foram intensas mobilizações e eventos da entidade para amenizar os problemas enfrentados pelos municípios, sendo destaque a negociação da dívida do Estado com os municípios em abril de 2019. No primeiro mês deste ano, o Governo começou a pagar a primeira das 33 parcelas do acordo, e as parcelas semanais de ICMS e Fundeb estão sendo repassadas sem atrasos, bem como os valores referentes ao IPVA.

Porém, o período de testes e desafios às administrações municipais não encerrou. Este ano já iniciou com intensa preocupação para os administradores de todo o Estado, uma vez que muitas cidades foram devastadas pelas chuvas, que arrasaram várias regiões de Minas, nos meses de janeiro e fevereiro. Antes de conseguirem reconstruir os municípios, os prefeitos já se viram frente ao novo desafio de controlar a disseminação do coronavírus entre a população de suas cidades.

Dessa forma, a falta de recursos volta a ser a maior preocupação dos gestores públicos municipais, principalmente a contínua burocracia, para que o recurso realmente chegue aos caixas dos municípios. E a AMM está trabalhando, incansavelmente, com os governos estadual e federal para, juntos, conseguirem enfrentar essa pandemia e os demais problemas nos municípios mineiros. Em meio a tantos desafios, alguns gestores acharam mais prudente se afastarem dos cargos, por motivos “de força maior”.

Matias Lobato  

O primeiro pedido de renúncia ao cargo foi do prefeito Carlos Lopes, de Matias Barbosa (na região mineira da Zona da Mata), no dia 9 de março. O gestor, que já ocupou cargo de vereador e vice-prefeito no município, alega renunciar ao cargo por motivos pessoais. Assume o vice-prefeito, Joaquim Oliveira. “Eu já tive mandatos como prefeito, vice e vereador. E tenho um filho, que é político também, e manifestou vontade de ser prefeito. Então, descompatibilizei-me três meses antes para ver se meu filho pode disputar. Nesses anos, a AMM ajudou em tudo o que precisamos, inclusive, na negociação da dívida com o Estado, que correu tudo bem, e já até recebemos uma parte. Muito bom o trabalho da AMM”, explicou.

José Raydan

A descompatilização também motivou o pedido de renúncia ao cargo do prefeito de José Raydan (na região mineira do Rio Doce), Elias Godinho, uma vez que o gestor alegou que pretende se candidatar ao cargo de prefeito, nas eleições deste ano, na vizinha cidade de Santa Maria do Suaçuí. No dia 25 de março, o município passou a ser governado pelo vice-prefeito, Paulo Peixoto do Amaral.

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