Saúde mental fica debilitada durante a pandemia; especialista alerta para sinais

Nos últimos dois anos de pandemia, a saúde mental de muitas pessoas ficou debilitada. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo.

O tema ganhou mais força e preocupação internacional. Tanto que o dia 7 de abril passou a ser uma data especial para alertar sobre o tema e suas consequências.

O médico psiquiatra Igor Milward confirma o aumento dos transtornos. “Eu notei, no meu consultório pelo menos, uma alta de novos pacientes, e pacientes que já tinham um viés psiquiátrico ficaram muito impactados com a pandemia. Então, alguns deles já estavam estáveis e desestabilizaram, e várias pessoas criaram algum tipo de paranoia com o ambiente pandêmico”, explica.

Segundo o Datafolha, de cada 10 pessoas no Brasil, pelo menos quatro tiveram sintomas de ansiedade e depressão. O Ministério da Saúde reconhece o agravamento da situação, em especial pelo aumento no número de doenças psicossomáticas e suicídios.

O médico destaca que, para manter o bem-estar, é importante estabelecer alguns limites nas relações pessoais. “É basicamente linha de relacionamento, informar qualquer que seja a pessoa quando ela interfere em algo, invade seu espaço. Sempre que isso acontecer, que você o informe. Segundo é o exercício do não com propriedade. Terceiro seria a gratidão. O que menos importa é a quem é grato, mas o hábito de ser grato”, orienta Milward.

Ainda há um estigma muito grande e a pessoa doente se sente envergonhada ou tem medo de buscar ajuda psiquiátrica. Desinformação, falta de programas educativos e falta de conhecimento sobre a realidade do problema ajudam a dificultar o quadro.

O psiquiatra reforça que um grande exercício para ajudar na saúde mental é reconhecer o próprio valor. “As pessoas me informam muito mais sobre minhas limitações do que minhas qualidades. Então, se eu não me lembrar no que eu sou bom, ou no que eu já tenho enquanto graça, a vida fica parecendo ruim mesmo”, ressalta.

E finaliza: “o ser humano vive de sonhos, de acordar para um novo dia, mas ele tem que estar contente com o processo”.

Assista à reportagem completa:

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