Foi quase no início de janeiro de 2019 que ocorreu a ordem de serviço para início das obras de reforma, ampliação e modernização do Aeroporto Coronel Altino Machado, de Governador Valadares. Era dado ali o início de um sonho para os valadarenses, mas a obra ainda não começou. A empresa Sinarco Engenharia, vencedora da licitação, estabeleceu um prazo para a conclusão do projeto de quatro meses e, das obras, de aproximadamente dois anos.
De acordo com o projeto, o aeroporto terá capacidade de operar com 24.408 passageiros/mês – 381 passageiros processados por hora e movimentação de 16.796 aeronaves por ano. Hoje, a capacidade é de 8.960 passageiros/mês, mas opera com 5 mil. As obras vão possibilitar operações com aeronaves maiores, e até voos diretos para os Estados Unidos com escala em Confins (BH).
A obra está orçada em R$ 35,9 milhões. Os recursos são provenientes do Ministério da Infraestrutura (antigo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil), do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC). Todas as fases da obra serão fiscalizadas pela Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC).
Os recursos contemplam a elaboração de projetos básico e executivo, recuperação de pavimentação do sistema de pistas, construção de nova taxiway (faixa de pista) e novo pátio de aeronaves. Além disso, também estão previstos a construção de novo terminal de passageiros, edificações de apoio, seção contra incêndio (SCI), aquisição de equipamentos, auxílios à navegação, adequação da Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA), entre outras melhorias.
Como estão as obras
A burocracia e exigências da ANAC tem, em muito, atrasado o início das obras. Procurada pela reportagem do DRD, a prefeitura ainda não se manifestou sobre o assunto. O DRD também não conseguiu falar com a empresa vencedora do certame.
Reforma será importante etapa para a retomada do desenvolvimento econômico da cidade
O Aeroporto Coronel Altino Machado começou a operar em 1964 e nunca passou por reformas. O nome do aeroporto é uma homenagem ao aviador Coronel Altino Machado, primeiro piloto que pousou com um avião em Valadares.
Mal equipado e completamente obsoleto para o fluxo de passageiros e porte de Governador Valadares, há muito tempo que o terminal é alvo de críticas de quem quer viajar e de quem chega de fora. Quando não há visibilidade para os pilotos, os voos são cancelados, causando transtorno também aos passageiros. Sem contar com as poucas operações de companhias aéreas para Confins, em BH.
Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Governador Valadares (AGE-GV), Jackson Souza Lemos, a modernização do aeroporto será um potencial econômico para o município. “O aeroporto de Valadares é uma porta para o desenvolvimento da cidade. É por lá que empresários de fora chegam até nós, e também, é por lá que saímos mundo afora para negociações. Por isso, precisamos que esteja em pleno funcionamento e com capacidade de atender às demandas a qualquer hora”, disse.
“A ACE-GV é uma entidade que sabe da importância deste terminal logístico e luta pelo seu funcionamento. Reconhecemos que a atual gestão tem se esforçado e investido para que o aeroporto não perca o seu status de funcionamento”, complementou Jackson.
