Luiz Henrique Mandetta (Saúde) admite ‘dificuldades’, muda o discurso e prega união
Bolsonaro isola o DEM e procura quem tem votos
O presidente Jair Bolsonaro cansou de apostar na relação com os presidentes da Câmara e do Senado, a cujo partido entregou o controle de ministérios importantes, como Saúde e Cidadania, mas, apesar disso, segundo avalia o Planalto, a dupla está sempre jogando para a plateia, em prejuízo do governo. Em atitude pragmática, ele abriu entendimento com o “centrão” (ou “blocão”), que na Câmara soma 351 deputados e no Senado tem a maior bancada. Tenta a tranquilidade que não conseguiu estabelecer com Davi Alcolumbre e seu influenciador Rodrigo Maia.
Maioria tentadora
Um eventual entendimento com o blocão pode garantir aquela maioria que o atual governo ainda não teve, e já a partir de 2020.
Coalizão de volta
Aliados do governo defendem a volta do “presidencialismo de coalizão”, mas sem a corrupção que o caracterizou nos governos de PT e PSDB.
Sem chantagens
Os políticos gostaram da iniciativa de Bolsonaro, exceto Maia e Alcolumbre, e o DEM, claro, porque perdem poder. E muitos cargos.
Contagem regressiva
O presidente se deu conta de que já não vale a pena acender velas para os chefes do Senado e da Câmara, já na reta final de suas presidências.
Conversa de Mandetta com embaixador foi factoide
Foi positiva, mas inútil, a conversa de Mandetta com o embaixador da China. É positivo tratar bem o maior cliente de produtos brasileiros, mas foi só um factoide: não é o governo chinês que vende produtos e sim empresas de comércio exterior, que compram a produção de indústrias chinesas, muitas delas estrangeiras. Na crise da Covid-19, esses “traders” ignoram escrúpulos e contratos e vendem produtos a quem pagar mais.
Roda presa
É um vexame que só agora, 45 dias depois, o ministro da Saúde tenha conseguido contratar a produção de respiradores de fabricante brasileiro.
Coletivas repetitivas
Na coletiva de ontem, como na véspera, Mandetta se limitou a repetir informações velhas e a totalização dos casos informados pelos estados.
É a lei da selva
Não foi o governo chinês que cancelou compras de governos nordestinos, mas sim “traders” que desistiram da venda por contratos mais vantajosos.
Lorota de coletiva!
Pedir ajuda do embaixador chinês na compra de produtos chineses é como pedir a um embaixador do Brasil, em qualquer país, para fazer empresários lhes vender produtos em condição mais vantajosa. Lorota!
Pós-pico
A Dinamarca tomou medidas de combate ao coronavírus cedo. Em 11 de março fechou escolas, academias, restaurantes, e até fronteiras, mas já anunciou que gradualmente retoma a vida, abrindo negócios etc. Tem a 18ª taxa mundial de letalidade. O Brasil é atualmente a 62ª.
Tamos aí
A deputada Joice Hasselman (SP), líder do PSL na Câmara, disse que seu partido está disposto a “fumar o cachimbo da paz” com o presidente Jair Bolsonaro, neste momento de crise. Mas sem humilhações.
App inseguro
Além do primeiro-ministro inglês, Boris Johnson, o ex-presidente do Federal Reserve, o “banco central” dos Estados Unidos, Alan Greenspan, também usa o aplicativo Zoom para videoconferências.
Tempo indefinido
A diretoria de Itaipu prorrogou o home office de funcionários e a suspensão de visitas turísticas por tempo indefinido pelo coronavírus. Há 28 casos confirmados em Foz do Iguaçu e três hospitalizações.
DF procura soluções
O Biotic, parque tecnológico de Brasília, seleciona projetos de soluções tecnológicas no combate a pandemia do coronavírus, incluindo impactos econômicos e sociais. Projetos vencedores firmarão parceria com o órgão para pesquisa, captação de recursos e desenvolvimento.
Tá feia a coisa
A cobertura juvenil dos fatos políticos continua produzindo presepadas. Nessa quarta (8), a âncora de uma emissora de TV disse que a sigla do Departamento Nacional de Trânsito é “DNIT”. Na verdade, é Denatran.
Cobrança não tem isolamento
Empresas de cobrança não aderiram ao isolamento. Um leitor reclama que por causa de um débito de menos de R$ 50, de 10 anos atrás, passou a receber, na quarentena, ligações de contratados da Caixa.
Pensando bem…
… não custa lembrar: políticos não tiram do bolso um centavo dos bilhões anunciados para enfrentar o coronavírus. É tudo nosso.
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