Os preços dos seguros dos carros subiram 32,45% nos últimos 12 meses, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil. Dentre os principais motivos estão o aumento do uso do seguro e a inflação geral do país.
Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o total pago em indenizações no primeiro trimestre de 2022 foi de R$ 7,2 bilhões, representando um aumento de 41,3% em relação ao ano passado. “Desde o último ano temos visto um aumento expressivo nos preços dos seguros. Dentre os vários motivos estão o desarranjo geral no mercado de automotores, o aumento nos índices de criminalidade, que eleva as demandas por indenizações, e também a inflação que estamos vivendo”, disse Sílvia Heleno, economista.
Tabela Fipe
O seguro é calculado com base no valor de cada carro na tabela Fipe. Os preços médios dos veículos são anunciados por vendedores na tabela, tanto de carros novos como usados. “A tabela Fipe é um conjunto de dados com diversas marcas de veículos. Os seguros podem ser feitos por qualquer pessoa. Hoje as corretoras atendem diversos segmentos. Para o de automóveis, precisamos de alguns dados, como perfil do cliente e o que cabe no bolso do cliente”, explicou Débora Barreto, corretora de seguros.
De acordo com Débora, o seguro possui muitas finalidades, já que é a melhor forma de o cidadão proteger o seu patrimônio: “O seguro vai funcionar no caso de algum acidente, em caso de estar em viagem e o carro quebrar, caso precise de um guincho, entre outros. O número de pessoas que têm procurado aumentou bastante, porque o pessoal quer cada vez mais proteger o seu patrimônio, e em todas as situações o seguro vai ser operante”.
Em entrevista ao Diário do Rio Doce, a professora aposentada Marlene Ristore afirmou que, apesar do aumento no preço do seguro, ela não fica sem: “Este ano eu percebi que teve um aumento, mas também notei que o valor do meu carro elevou, e o seguro me oferece outros benefícios. Tem 10 anos que eu tenho seguro e acho importante, porque nunca sabemos quando vamos precisar”.
Alternativas
Devido ao aumento nos preços, as corretoras têm oferecido algumas alternativas. “Os clientes podem procurar formas de encontrar preços que mais se adequam às suas necessidades, que influenciam no tipo de cobertura a ser contratada. Muitas corretoras oferecem bônus e descontos que ajudam a encontrar uma boa opção. Com planejamento, o consumidor consegue contratar um bom serviço”, afirmou a economista Sílvia.
Além disso, de acordo com os dados, a expectativa é que os preços se normalizem até outubro deste ano.
