O governo de Minas decretou que um dos pátios da empresa de ônibus Mobi deve ser desocupado para a construção do novo prédio do Fórum de Valadares. O prazo dado pela Justiça é de 45 dias, sendo que no próximo dia 25 esse prazo expira.
O problema é que, como os últimos meses foram de chuvas intensas no Estado, houve um atraso na desativação do pátio da empresa.
Segundo o diretor da Mobi, Felipe Carvalho, é impossível realizar a desocupação até a data estabelecida pela Justiça. O prazo ideal para a desocupação total seria de seis meses.
Como o prazo é menor do que dois meses e, para o diretor, houve pelo menos 20 dias de atraso por conta das chuvas, a empresa recorreu na Justiça pedindo ampliação do prazo, mas ainda não obteve resposta.
E é aí que a população pode sair prejudicada. Se ao fim do prazo inicial, dia 25 de fevereiro, a garagem tiver que ser desocupada, a empresa de transporte público não terá a estrutura adequada pronta para atender toda a frota de ônibus, que hoje passa de 100 carros, conforme informações da empresa.
As obras já estão acontecendo no pátio ao lado do que deverá ser desocupado. Confira o que disse o diretor da empresa sobre as adaptações que ainda devem ser feitas no pátio:
“A gente quer mostrar para a população que não estamos parados, estamos correndo atrás. Mas, se tirarem a gente em 45 dias [contando os dias que já se passaram, desde o início do prazo], o transporte vai sofrer. Temos que fazer algumas adequações, como o posto de abastecimento, o lava-jato, a tesouraria e, ainda, um novo pátio, para estacionar todos esses veículos. Porque tudo isso funciona no pátio ao lado.”
Felipe Carvalho, diretor da Mobi
A ideia do diretor é que, após a desocupação de um dos pátios, a empresa continue utilizando o pátio ao lado, para facilitar nas adequações necessárias. Enquanto isso, eles ainda estão tentando um terreno próximo ao atual, para estacionar toda a frota de ônibus. Mas, a médio ou longo prazo, eles definirão onde será a nova garagem.
Mesmo a desocupação acontecendo ao fim desse prazo, a ideia do governo é começar as obras no terreno somente em julho deste ano. E para o diretor da Mobi, entre março e julho – que seria o período entre a desocupação e início das obras -, seria mais interessante o pátio ainda estar disponível para a empresa, mas com o governo tendo o total respaldo, para acessar o pátio e fazer as medições e licitações necessárias. Isso facilitaria a conclusão dessas adequações.
A Mobi atende em média 50 mil pessoas, diariamente. E essa desocupação poderia afetar, também, a vida dessas pessoas.
