Polícia Civil explica como conseguiu localizar Raíssa Felipe

A menina já está em segurança com a mãe, Maria Aparecida, a caminho de Governador Valadares. A previsão é que elas cheguem ainda esta noite

A história da pequena Raíssa Felipe de Paula, de 11 anos, que desapareceu no bairro Santa Helena, no último domingo (14), terminou, enfim, com um final feliz. A garotinha foi encontrada na madrugada desta sexta-feira (19), no Rio de Janeiro. A Polícia Civil convocou uma coletiva de imprensa para dar detalhes sobre o caso e do trabalho dos policiais envolvidos para encontrar Raíssa e trazê-la de volta para a família, em Valadares.

De acordo com os investigadores envolvidos no caso, Raíssa percorreu um longo trajeto, de mais de 600 Km, até chegar à cidade de Magé, que fica na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro (RJ), no bairro Campo Grande. Tudo para um encontro virtual marcado com um menino, que, na verdade, era um perfil fake do Facebook. Um garoto com a mesma idade de Raíssa.

Segundo o delegado regional Endgel Rebouças, “o caso foi desempenhado com grande responsabilidade e êxito ao localizar a garota, que está aparentemente em boas condições de saúde. Ela já está com a família a caminho de Governador Valadares. Em cada etapa, a equipe envolvida foi feliz em localizar as filmagens até chegar ao local onde a menor estava. O apoio da mãe junto com a Polícia Civil foi também fundamental para o êxito nas investigações”.

Relembre o caso

Raíssa saiu de casa por volta das 10 horas de domingo (14), para ir até um açougue, no bairro Santa Helena, em Governador Valadares. Depois disso, a menina não voltou para casa. Durante as buscas, a mãe de Raíssa descobriu que a filha teria fugido para ir ao encontro de um namorado virtual, que, como se não bastasse, era um perfil fake.

A mãe conseguiu conversar com o pai do menino que conversava com a filha dela pelo perfil fake. De acordo com pai, o menino mora em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Porém depois de conseguir pistas sobre o paradeiro de Raíssa, a mãe da menina descobriu que ela estava indo para o bairro-cidade de Campo Grande, no Rio de Janeiro.

Encontro virtual terminou em confusão

Para os investigadores, a série de caronas com pessoas desconhecidas até chegar ao estado do Rio de Janeiro dificultaram a conclusão das investigações. O delegado Luciano Cunha de Lima pediu mais vigilância dos pais com as redes sociais dos filhos. “Trata-se de um caso envolvendo duas crianças de apenas 11 anos. O pai do garoto não tinha ideia que o filho tinha feito um perfil Fake. Mas o que casou bastante espanto foi que um taxista ter atravessado Valadares com uma garota de 11 anos sem perguntar para onde estava indo, um mecânico que também não procurou informar os pais, além dos caminhoneiros que ajudaram na fuga. A fuga da menina poderia ter sido impedida aqui mesmo em Valadares. Cabe aos pais ou responsáveis serem vigilantes com os filhos nas redes sociais”, afirmou.

A PC também não descarta a chance de ter ocorrido abuso sexual, que será investigado através de exames. “O estado de saúde da criança vista por vídeo está aparentemente bem, mas em virtude da criança estar há uma semana longe de casa, foi submetido um exame pela Polícia Militar do Rio de Janeiro. Nós não temos resultado ainda desse exame. Há questões de cunho sexual que também serão examinados e apurados pela Polícia Civil”, afirmou o delegado.

Conforme a Polícia Civil, todas as pessoas que deram fuga para Raíssa podem ser responsabilizadas criminalmente pelos seus atos, na medida em que os fatos forem esclarecidos.

A previsão é que Raíssa e sua mãe cheguem ainda esta noite em Valadares. “Agradeço a todos que compartilharam o vídeo, já estou com milha filha retornando para a cidade. Quero agradecer, também, a Polícia Civil, que não deixou de entrar em contato comigo para encontrar a milha filha. Graças a Deus, deu tudo certo”, disse Maria Aparecida, mãe da Raíssa.

Legenda: De acordo com os investigadores envolvidos no caso, Raíssa percorreu um longo trajeto, de quase 600 Km, até chegar à cidade de Magé, que fica na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro (RJ), no bairro Campo Grande.

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