‘Patriotas’ deixam a porta do Tiro de Guerra em Valadares

Manifestantes deixaram a frente Tiro de Guerra em Valadares. Apenas os banheiros químicos ficaram no local. FOTO: Fred Seixas

Manifestantes que acampavam em frente ao Tiro de Guerra de Governador Valadares, desde o início de novembro, coincidentemente após o resultado do segundo turno das eleições presidenciais em 2022, realizado no dia 30 de outubro, deixaram o local na última segunda (9). Eles ficaram em frente ao TG por mais de 2 meses pedindo intervenção federal e auxílio das Forças Armadas. Todas as barracas, faixas e cartazes pedindo intervenção federal e “SOS Forças Armas” também foram retirados.

Há alguns meses, o DIÁRIO DO RIO DOCE esteve no local e tentou conversar com alguns manifestantes. Receosos, não quiseram dar entrevistas. Diziam que temiam represálias da Justiça.

Uma senhora, no entanto, aceitou conversar. A todo momento, porém, um manifestante tentava impedi-la de conversar. Mesmo temerosa, ela explicou que eles estavam protestando de forma pacífica, pois não concordavam com as ideologias esquerdistas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu partido. Também buscavam apoio das Forças Armadas para que o código fonte das urnas eletrônicas fossem revelados para terem certeza dos resultados das urnas – algo que o Partido Liberal (PL) do ex-presidente Jair Bolsonaro também solicitou ao STF. O PL, porém, questionou apenas o resultado do segundo turno, quando Bolsonaro foi derrotado por Lula, descartando a possibilidade de fraude no primeiro turno, quando muitos deputados do PL tiveram votações recordes.

Manifestantes ficaram por mais de dois meses em frente ao Tiro de Guerra de Valadares. FOTO: Fred Seixas

Algo que pode ter influenciado o fim do acampamento em Valadares pode ter sido uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, divulgada na madrugada de segunda, após vândalos terem invadido a sede dos Três Poderes, em Brasília, e causarem destruição no Palácio do Planalto, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal. Na mesma decisão em que determinou, por medida cautelar, o afastamento do governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha, Moraes determinou “a dissolução, em 24 horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos quartéis generais e unidades militares, a desocupação de vias e prédios públicos em todo o território nacional e a apreensão de ônibus que trouxeram terroristas para o Distrito Federal”, diz nota publicada pelo STF, em seu site oficial.

Na decisão, Moraes determina ainda que todas as forças policiais efetuem a liberação de vias públicas e prédios públicos estaduais e federais em todo o território nacional. “Nos estados e DF, as operações deverão ser realizadas pelas Polícias Militares, com apoio da Força Nacional, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal se necessário, devendo o Governador do Estado e DF ser intimado para efetivar a decisão, sob pena de responsabilidade pessoal”.

O ministro Alexandre de Moraes determinou a desocupação dos acampamentos em todo o território nacional após vandalismo em Brasília. FOTO: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Comments 1

  1. Maurílio Ernesto de Carvalho says:

    Achei excelente a decisão do Alexandre de Morais em pedir os manifestantes para desocupar as portas dos quartéis!

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