Parecer sobre previdência pode ser votado na FFO nesta quinta

Relatório da deputada Laura Serrano não sugere alteração nas regras previdenciárias propostas pelo Executivo

Em reunião realizada na tarde dessa quarta-feira (26), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) distribuiu cópias do parecer da relatora, deputada Laura Serrano (Novo), ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 46/20, que trata de diversos itens da reforma da previdência proposta pelo Poder Executivo. Com isso, a votação do parecer não ocorrerá antes desta quinta-feira (27/8/20), às 9 horas, para quando foi marcada nova reunião.

O parecer da deputada Laura Serrano recomenda a aprovação do PLC 46/20, de autoria do governador Romeu Zema, na forma do substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Isso significa que a relatora não propôs nenhuma modificação no projeto, apenas concordando com o desmembramento da proposta original que foi sugerido por aquela comissão. Portanto, ela acata sugestão da CCJ de retirar do texto todas as alterações no sistema remuneratório dos servidores, mantendo-se apenas as modificações relativas ao regime previdenciário.

As alterações do sistema remuneratório foram transformadas em uma nova proposta, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 57/20, também de autoria do governador do Estado. Esta PEC, que aguarda nova análise da CCJ, englobou propostas como a extinção de diversos benefícios dos servidores, tais como férias-prêmio, adicionais de desempenho, quinquênios e o Adicional de Valorização da Educação Básica (Adveb).

Já o PLC 46/20, conforme recomenda o parecer da deputada Laura Serrano, continua a englobar as questões diretamente relacionadas à previdência, tais como o aumento da contribuição previdenciária dos servidores, com a criação de um sistema de alíquotas progressivas; elevação das idades mínimas de aposentadoria e do tempo mínimo de contribuição; criação da Minas Gerais Previdência dos Servidores Públicos Civis do Estado (MGPrev), como resultado da cisão do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg); e criação de dois fundos previdenciários.

Laura Serrano destaca, em seu relatório, que a receita do Estado será incrementada pelo novo sistema de alíquotas progressivas. Hoje, todos os servidores pagam 11% de contribuição previdenciária. As novas regras determinam percentuais que vão de 13% a 19%, os quais se aplicam sucessivamente a cada faixa salarial. O projeto também permite a criação de contribuições extras, caso haja déficit nas contas previdenciárias.

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