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Operações de crédito pelo Fampe crescem em Minas Gerais

Montante de recursos liberados com o aval do fundo no primeiro semestre deste ano equivale a quase 70% do total realizado em 2020

O volume de recursos liberados em operações de crédito com recursos do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) em Minas Gerais, no primeiro semestre de 2021, já corresponde a quase 70% do total realizado no ano passado. Entre janeiro e junho deste ano já foram feitas 7.536 operações avalizadas pelo fundo no estado, somando mais de R$ 394 milhões em recursos liberados, sendo quase 80% desse montante garantido pelo Fampe.

Apenas em 2020, as operações de crédito com garantias do Fampe em Minas Gerais ultrapassaram em mais de 10% o total das transações pelo fundo nos três anos anteriores. Foram 12.754 operações no estado, somando mais de R$ 578 milhões em recursos liberados, sendo 64% correspondente ao aval concedido. Entre 2017 e 2019, o Fampe garantiu 11.051 operações de crédito no estado. No total, foram liberados cerca de R$ 522 milhões em recursos, sendo praticamente 50% desse montante de aval do fundo.

Os dados são de um levantamento realizado pelo Sebrae Minas, que também ouviu, entre os dias 3 e 21 de maio, 800 empresários mineiros (MEI e MPE) que acessaram alguma linha de crédito utilizando o Fampe entre janeiro de 2020 e março de 2021. O objetivo do estudo é entender as dificuldades enfrentadas pelos empreendedores no processo de tomada de empréstimo, utilização e pagamento do crédito.

De acordo com o levantamento, nos últimos dois anos mais de 20 mil empresas foram beneficiadas pelo Fampe, sendo 53% do comércio, 33% de serviços e 14% da indústria. Cerca de 40% das empresas que conseguiram crédito com garantias do fundo nesse período são de pequeno porte (EPP), 34% microempresas (ME) e 26% são microempreendedores individuais (MEI).

Motivações para o crédito

De acordo com a pesquisa do Sebrae Minas, os principais motivos que levaram os empresários a buscarem crédito por meio do Fampe em Minas Gerais, no ano passado, foram a necessidade de gerar fluxo de caixa (46% dos entrevistados) e como medida de precaução por conta dos efeitos da pandemia nos negócios (33%). Outras razões apontadas pelos empresários para a tomada de crédito foram: quitar dívidas da empresa (20%), implantar melhorias em geral (15%) e compra de mercadorias (13%) e equipamentos (11%).

O levantamento também mostra que mais da metade dos entrevistados (52%) têm a intenção de buscar crédito em 2021. As motivações para a obtenção de um novo empréstimo, contudo, se diferenciam em relação ao empréstimo anterior. Gerar fluxo de caixa continua como o principal objetivo para a maior parcela dos empresários (47%). Já a precaução em razão da pandemia segue representando uma importante motivação para os empresários, mas agora aparece em terceiro lugar (27%), atrás da indicação de obtenção de um novo crédito para a implantação de melhorias em geral (30%).

“Essas mudanças vão ao encontro de uma expectativa de futuro otimista por parte dos empresários, apontada inclusive no índice de confiança dos pequenos negócios em maio, que chegou a 107 pontos, de acordo com a pesquisa ISCON”, destaca João Cruz, diretor técnico do Sebrae Minas.

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